terça-feira, 5 de maio de 2015

Deus abomina um culto centralizado no homem: Um alerta ao mundo “gospel”.

Por Leandro Louzada

Texto: Malaquias 3.13-18                    

Deus revela através do profeta a diferença entre o justo e o injusto.

Introdução:
Numa certa tarde agradável em Belo Horizonte, estava sentando na calçada quando meu vizinho denominado “Gunga” passou na caminhando cabisbaixo. Acenei com a mão e levemente o saudei, nesse momento ele parou e veio em minha direção, fiquei surpreso com tudo que iria acontecer.
Gunga era evangélico não faltava um culto em sua Igreja, mas segundo ele, as coisas não estavam “andando” na sua vida, pediu para eu orar por ele em minha Igreja e falou algo surpreendente, disse que Deus não se importava com ele, que todos que estavam a sua volta se davam bem na vida e ele um homem que buscava a Deus e ia à Igreja não recebia as mesmas recompensas, não tinha um bom emprego, morava com a mãe e não tinha uma namorada. Deus não se importava com, porque se importasse daria tudo isso para ele.

Essa era a visão do meu vizinho com relação a servir e cultuar o Senhor!

Só recapitulando, o povo havia voltado de exílio na Babilônia havia aproximadamente 200 anos, através de Zorobabel, Esdras e Neemias, em três momentos distintos. Porém ainda estavam sob o domínio Persa, oprimidos, pagando altos tributos, sem bons empregos, o templo do Senhor não tinha a mesma glória se comparado ao construído por Salomão e o Messias prometido não veio.

Deus havia falhado na concepção deles, as promessas não se cumpriram, por isso todos estes problemas culminaram no esfriamento espiritual, negligencia com a lei do Senhor e descaso no culto a Deus.

Malaquias, o mensageiro de Deus, escreve esse livro para resgatar o culto ao Senhor, buscando o arrependimento, confissão de pecados e mudança de direção do povo de Isarel.
O escrito é diferente dos demais livros proféticos, o profeta não aparece dizendo que tem uma mensagem da parte de Deus, afirmando assim diz o Senhor, porém é um diálogo entre Deus e o povo intermediado pelo profeta, uma forma de perguntas e respostas, com direito a réplica e tréplica.

Mas o que o povo estava fazendo contra Deus?
Vimos que Deus amava o povo, eles haviam sido escolhidos por Deus dentre todas as nações, o Senhor zelava por Israel. Mas Malaquias apresenta um povo obstinado, cínico e sem temor a Deus. Um povo que na verdade não conhecia de fato a pessoa de Deus e sua justiça. Tinham uma péssima teologia e por causa disso viviam de forma péssima.

Os sacerdotes não zelavam pelo culto, sendo assim, levavam todo povo a fazer o mesmo, o desânimo da liderança atingiu a maioria dos liderados.

O povo trazia animais defeituosos para oferecer ao Senhor, algo abominável para Deus que exigia o melhor animal, afirmavam estavam cansados, enfadados de prestar culto a Deus, prestavam e conduziam o povo a prestar um culto informal, não ensinavam a lei e faziam muitos a tropeçarem por falta de conhecimento das Escrituras. Diante de todos estes fatos Deus afirma que castigaria os líderes do povo.

Mas também os sacerdotes e o povo estavam deixando suas mulheres e casando com mulheres pagãs, se prostituindo, adulterando e divorciando, estavam quebrando a aliança que fizeram com Deus, rompendo os estatutos, deixando de prestar um culto devido e se lançando aos seus pecados.

Os sacerdotes afirmavam que cultuar a Deus era uma canseira, agora Deus diz, estou cansado do culto de vocês, porque o povo estava questionado a justiça de Deus, dizendo que somente os injustos eram abençoados. Contudo, Deus com muita paciência, mais uma vez responde os profanos afirmando que a recompensa dos justos e injustos estava reservada.

Por fim, Deus afirma que o povo estava o roubando, estavam desviados das leis e estatutos de Deus, porque estavam negligenciando o dízimo do Senhor, este que sustentava os levitas, viúvas e órfãos e festas religiosas da época. E por causa desta ação, Deus estava amaldiçoando, retendo as chuvas, mandando gafanhotos para destruir as plantações, não dando produto na vide e fazendo o povo ficar escarnecido por outras nações. Mas se voltassem a praticar a devolução do dízimo, todas as maldições se reverteriam em bênçãos.
Chegamos à reta final do livro do profeta Malaquias e é sobre isso que o profeta irá tratar a diferença entre o justo e injusto, daqueles que servem e não servem a Deus.
Mas o profeta movido por Deus não partirá de uma perspectiva e compreensão humana, mas divina.

Lembre-se, Deus abomina um culto centralizado no homem
1.      A dureza de um coração obstinado (v.13).
O povo foi muito duro com Deus, usaram palavras agressivas e fortes, uma palavra “duras” no original tem uma conotação de força. A mesma palavra usada várias vezes por Moisés e Deus para encorajar Josué e mais tarde usado por Josué para encorajar o povo. “Esforça-te e tem bom ânimo” (Js 1.9).

1.1. Um povo com a língua afiada (v.13a).
O coração do povo era duro, obstinado, estavam longe de Deus, frios espiritualmente, apegados nas coisas, amantes de si mesmos.
Falavam daquilo que não conheciam e sabiam.

1.2. Um povo cínico e indiferente (v.13b).
Não bastava falar mal de Deus, agora estavam como nas outras vezes, fazendo-se de bobos, fingindo não saber do que se tratava a repreensão de Deus.
Na verdade eles sabiam como estavam, tudo que faziam, o abandono a Deus e negligencia do culto ao Senhor, com estas perguntas queriam mudar o foco do diálogo ou simplesmente fingir que não estavam entendo a repreensão de Deus.

1.3. Refreie sua língua e tenha um coração sincero.
Antes de começar a se lamentar para Deus ou alguém, pense nas suas palavras, muitas vezes somos muito duros com Deus, somos mal agradecidos, nunca estamos satisfeitos com aquilo que Deus nos dá diariamente.
Sejamos sinceros, “a pior pessoa não a que erra, mas a que não reconhece seus erros”. Erramos, mas agimos como se fossemos perfeitos e quando somos questionados fingimos que não sabemos sobre o que se trata a repreensão.
Como está sua língua? Tem agradecido a Deus por tudo ou só fica reclamando da vida?
Você tem um coração sincero? Reconhece seus erros ou finge que está tudo certo na sua vida, mesmo sabendo que está tudo errado?
Lembre-se, Deus abomina um culto centralizado no homem
2.      A incoerência de um coração obstinado (v.14-15).
O povo tinha uma língua afiada e agiam com cinismo e indiferença, Deus mostra para eles o que estavam falando, quais eram as palavras agressivas que partiram dos seus lábios.

2.1. Um povo com problemas de memória (v.14a).
Afirmavam que era inútil servir a Deus, uma coisa vã, no sentido de Deus ser um enganador, falso, mentiroso.
Aquelas pessoas estavam questionando o caráter de Deus, não existia nenhum proposito para viver uma vida para Deus, tudo era simplesmente uma enganação.
Mas como eles esqueceram tão depressa tudo que Deus fez por eles ao longo da história, a preservação do povo quando Adão pecou e depois do dilúvio, o chamado de Abraão ratificando uma aliança de bênçãos para o povo, José no Egito sendo levantado como governador e trazendo sua família (povo de Israel) para o Egito para não morrerem de fome, o êxodo no deserto através de Moisés, livrando o povo da opressão e morte, Josué recebendo o bastão de Moisés e herdando a terra de forma milagrosa, reis levantados para dirigir e purificar o povo, como Davi, Ezequias, Josias, quando tudo parecia perdido um rei piedoso se levantava, a libertação do povo dos Assírios e Babilônios.
Tinham sérios problemas de memória.

2.2. Um povo que adorava a si mesmo (v.14b-15).
Faziam votos e andavam de forma que exteriormente aparentavam contrição e arrependimento, mas não passava de um interesse para obter as bênçãos de Deus.
Veja bem o que estão falando: “Guardamos a lei de Deus e andamos confessando os nossos pecados continuamente”.
Um povo extremamente “cara de pau”, basta lembrarmos o que praticavam: MacArthur afirma que eles, Questionavam a Deus (2.17); desobedeciam a sua lei (2.9); profanavam o altar do Senhor (1.7,12); desprezavam o nome dele (1.6). Mas também eram adúlteros (2.14); roubavam a Deus (2.8).
Cobravam de Deus uma ação e tinham uma falsa piedade, eram hipócritas.
Também questionavam a justiça e soberania de Deus. Assim com fizeram no capítulo 2.17, repetem o questionamento dizendo que Deus é injusto, porque os soberbos são felizes, comentem impiedades e prosperam e tentam ao Senhor e escapam.
O problema é que o sucesso e felicidade para eles estava ligado ao ter, quando obtenho coisas materiais nessa vida sou bem sucedido, tenho as bênçãos de Deus.

Os persas não importam com Deus, são soberbos, cheios de si, não se curvam ao Senhor, mas mesmo assim são felizes, são ricos e a cada dia enriqueciam mais, os altos imposto dava instabilidade para os persas e pobreza para os Israelitas, são prósperos. Praticam o mal deliberadamente, oprimem o povo de Deus, com sua ganância e sede pelo poder passam por cima de tudo e todos, toda via sempre escapam das mãos do Senhor.
Resumindo: Deus é um Deus injusto!
Mas nenhuma afirmação do povo era verdadeira, porque felicidade, prosperidade não estão ligadas a conquistas de bens materiais e poder. E julgamento de Deus não está associado com acontecimentos somente neste tempo, Ele é o Senhor do tempo e da história.
Eles tinham uma péssima memória e adoravam a si mesmos, buscavam a Deus para obter coisas, quando viu que a as “coisas” não estavam aparecendo passaram a ser indiferentes e cínicos.

2.3. Não perca a memória e não preste adoração a si mesmo.
Meu avô foi um dos homens mais amorosos que conheci, sempre que chegava à sua casa ele logo me recebia com um abraço, todos os dias varria a rua onde ficava localizada a sua residência e ficava sentado num banco de madeira na esquina da rua para tomar um sol e “ventinho”. Nunca conheci um torcedor do Atlético como ele, ouvia todos os jogos no seu radinho de pilha e não usava nem aceitava a entrada de roupas e objetos azuis, pois era a cor do time rival.
No fim da sua vida ele teve uma doença chamada Alzheimer, uma doença que leva a pessoa ao esquecimento, perto de sua morte ele não sabia mais quem eu era, nem minha mãe, avó e tios, não ouvia mais os jogos do Atlético, esqueceu-se da sua história.
Algumas vezes somos assim, mas não temos Alzheimer, esquecemos de tudo que Deus fez por nós e nossa família. Pensamos que por causa dos nossos problemas é inútil servir a Deus.

Sabe porque? Porque nossa fé não está em Deus, mas em nós, adoramos a Deus, vamos a Igreja por causa de nós e não de Deus. O culto a Ele não é para honrá-lo e glorifica-lo, mas para conseguir uma ajuda de Deus para pagar minhas contas no fim do mês ou ter minhas dores curadas.
Deus age nas nossas vidas, quando buscamos a Ele sem interesse algum! As portas se abrem os milagres acontecem quando Cristo é glorificado, quando nossa única motivação é a glória de Deus!

Você está pensando em abandonar a Igreja porque está cheia de problemas e as coisas parecem que não vão mudar? Quando você vem a Igreja é por sua causa ou por causa de Deus? Lembre de tudo que Deus fez por você ao longo da sua história? Será que você realmente merecia todo favor de Deus?

O povo de Israel tinha um coração obstinado, por isso era duros e incoerentes com Deus. Lembre-se, Deus abomina um culto centralizado no homem

3.      A herança de um coração temente (v.16-18).
O povo tinha um coração obstinado, eram duros e incoerentes, falavam contra Deus de forma agressiva, achavam que era inútil, vão servir a Deus, suas fé estava alicerçada naquilo que Deus poderia dar não em quem Ele era, ao invés de cultuar a Deus eles se cultuavam. Agora Deus, através do profeta, passa a mostrar a herança de um coração temente a Ele.

3.1. A atenção divina (v.16).
Existia um remanescente, em todos os tempos sempre existiu um grupo (muitas vezes maior) que não temia e amava a Deus, mas sempre também existia um remanescente, um grupo menos que lutava e reprovava as práticas do grupo maior.
Esse remanescente reprovava a ação do líderes de Israel e sucessivamente do povo, não aceitavam a negligencia ao culto, culminando no adultério e divórcio, negligencia com a Lei, a forma que os sacrifícios eram oferecidos, com o roubo a Deus nos dízimos e ofertas, com a audácia de questionar a Deus e afirmar ser inútil servi-lo e a barganha com Deus por parte do povo.
Eles TEMIAM o Senhor assim como:
·         Abraão temeu a Deus e não negou o seu único filho a Deus (Gn 22.12);
·         Jetro orientou Moisés a escolher juízes (homens) que temiam a Deus (Ex 18.21);
·         Uma mulher que teme a Deus deve ser louvada (Pv 31.30).
No sentido de possuir uma profunda reverencia, prestar honra, ter medo.
Eles conversavam uns com os outros, sabiam que Deus agiria e mandaria maldição sobre os injustos, sobre a aqueles que profanavam o nome de Deus, temiam a ação de Deus no meio deles ao ponto de serem atingidos.
Mas Deus estava atento a tudo que falavam, os olhos e ouvidos de Deus estavam em direção à aqueles que o temiam. O profeta diz que na medida que o povo falava Deus estava em suas mãos “o rolo de lembrança”.
O Rolo da lembrança talvez poderíamos fazer uma associação com o livro da vida, aquele que consta o nome de todos que serão salvos (Fp 4.3; Ap 3.5; 17.8; 20.12,15; 21.27).
O povo havia dito que era inútil servir a Deus, esqueceu-se de Deus e de sua ação na história, agora Deus está dizendo, eu não me esquecerei dos justos.

“Os que se lembram do meu nome”
O nome naquele tempo significa a própria pessoa, na sua completude. Aquele remanescente tinha plena convicção e conhecimento da pessoa de Deus. Não falaram contra seu caráter, soberania, ação, justiça, mas lembravam constantemente de Deus mesmo diante do caos e dá aparente encolhimento das mãos de Deus naquele momento da história.

3.2. O tesouro divino (v.17-18).
O nome do remanescente fiel estava no “rolo de lembrança”, eles seriam salvos e preservados por Deus. O Senhor chamará esse grupo de “minha propriedade exclusiva”, “Uma possessão particular”, “Uma joia cuidadosamente trancada”.
Esse substantivo feminino aparece apenas seis vezes no AT, todas as vezes fazendo alusão ao povo de Israel e seu relacionamento com Deus.
Naquele dia (no julgamento de Deus), na separação das ovelhas dos bodes, Deus separará seu povo, que já está guardado de forma cuidadosa.
No Novo Testamento Pedro usando o texto de Êxodo 2.9 na sua primeira carta no capítulo 2.9, aplica essa propriedade exclusiva de Deus a Igreja.
Deus nos ouve e nos guarda, somos o seu tesouro a sua propriedade divina.

“Pouparei vocês como um pai poupa seu filho que o serve”
Geralmente naquela época um filho que servia seu pai fielmente era poupado de alguns afazeres. Assim Deus poupará os seus filhos da sua ira e condenação.
Mas os injustos não serão poupados!
Receberão sua recompensa e todos verão a diferença entre os que servem a Deus e os que não servem!

Conclusão:

Deus não é injusto, não é inútil servia a Deus, mesmo diante das dificuldades e intemperanças da vida, quando nós buscamos a Deus e vamos a Igreja não é por causa de nós, mas de Deus, amamos e servimos por amor, vivemos para Ele e para glória dele!
Podemos descansar em Deus, sabendo que ele está atendo para tudo que fazemos e falamos e nós pertencemos a ele, somos a sua propriedade, seu tesouro!

Aplicações práticas:
1.      Não temos o direito de sermos agressivos com Deus, questionar é diferente de agredir;
2.      Nosso cinismo nos levará a ruínas, Deus abomina nossa falsidade;
3.      Não se esqueça de tudo que Deus já, faz e fará para você e por você;
4.   Deus não quer sua falsa religiosidade praticada como forma de lucrar ou ganhar alguma “bênção” dele, Ele quer sua adoração sincera a Ele e não a você;
5.      Viver para Deus não é como depositar dinheiro na poupança, os resultados da nossa fé não é os bens materiais que adquirimos, mas a salvação que Cristo obteve na cruz;
6.    Deus não abandona os que o temem e seus nomes estão escritos no livro da vida, você é propriedade exclusiva e guardada por Deus;
7.      Deus nunca será injusto, nossa compreensão de justiça é diferente da compreensão de Deus, ele faz o que bem desejar, com Ele quiser, quando bem entender, uma coisa é certa, os justos serão recompensados com uma morada no céu e o injustos receberão a ira e condenação divina, Deus é um Deus justo.



terça-feira, 21 de abril de 2015

O método de crescimento de Igreja de Paulo: Uma análise de 1 Coríntios 2.1-5


Por Leandro Louzada

                   A cada dia surge um novo movimento trazendo algo inovador para revolucionar as Igrejas locais, organizando determinados ministérios, promovendo eventos, capacitando líderes, com o intuito de atrair pessoas e multiplicar o número de membros.
                   Cristo nos comissionou a ir (indo) por todo mundo pregando o Evangelho a toda criatura. Ele disse aos seus discípulos para aguardarem o cumprimento da profecia de Joel 2, onde o Espírito desceria sobre toda criatura, assim eles poderiam ir, proclamar a Palavra de Deus em Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra.
É desejo de Deus e sempre foi de multiplicar o Evangelho, de salvar pessoas, de acrescentá-las na sua Igreja.
                  O grande problema está em utilizar métodos e ferramentas para “burlar” a entrada de pessoas na Igreja de Cristo, onde acabamos confundindo um ministério bem sucedido com o aumento da membresia a todo custo, com Igrejas locais inchadas, cheias de pessoas sem um real encontro com o Cristo ressurreto.
                  Hoje quero falar do modelo de crescimento de Igrejas utilizado por Paulo, sei que passaria muitos dias expondo todo o pensamento e ação de Paulo com relação ao tema proposto, porém quero fazer uma exposição do texto de 1 Coríntios 2.1-5, apenas como um apêndice de tudo que deveria ser dito, talvez nos levando a refletir e produzir algo a partir desta pequena reflexão.

                  A cidade de Corinto era uma das mais importantes da Grécia, situava-se num lugar estratégico entre o continente grego e a península do Peloponeso, existia dos portos naquela região e longa estrada usada para transporte de mercadorias.
                  Era um importante centro cultural e religioso, em Corinto existia diversos templos, sendo o mais importante localizado no Acrocorinto (colina), cujo era o centro de adoração à Afrodite, conhecida na mitologia grega como a deusa do amor, onde ficavam centenas de sacerdotisas cultuais, era o centro da imoralidade sexual da cidade.
                 Também a cidade era um grande centro filosófico, existia os famosos debates filosóficos, como forma de competição, muitas pessoas financiavam seus filósofos preferidos. Em Corinto foi fundado os jogos istmos, em homenagem ao deus pesidon, estes realizados de 2 em 2 anos, só perdia em popularidade para os jogos olímpicos de Atenas.
                Nessa cidade que o apóstolo Paulo chega em sua segunda viagem missionária, antes ele havia passado em Filipos, Tessalônica, Bereia e Atenas. Depois de sair corrido de Tessalônica e Bereia e de ser zombado em Atenas, o apóstolo segue rumo a Corinto (Atos 18), ao chegar em Corinto é recebido por um casal chamados Áquila e Priscila, estes que haviam sido expulsos de Roma, através de um decreto de Cláudio, eles dão casa e trabalho para Paulo, e como de práxis passa a expunha as Escrituras todos os sábados na sinagoga.
                 Paulo pregou na sinagoga de Corinto, obtendo certo sucesso inicial, alcançando judeus e prosélitos. Tício Justo, que morava ao lado da sinagoga, Crispo, o principal da sinagoga e muitos coríntos creram no Senhor. Depois da oposição de alguns Judeus a mensagem, Paulo fez aquilo de costume, lançou-se aos gentios. Recebeu uma visão de Deus que dizia que existia muitas pessoas a serem alcançadas naquela cidade, sendo assim, ele deveria proclamar por que o próprio Deus estaria com ele.
                Paulo fica ali por 18 meses, depois navega para Sríria, Cencréia e Éfeso (todas estas de forma rápida), dali partiu para Antioquia, ficou mais ou menos 1 ano naquela cidade, depois passou confirmando os discípulos nas regiões da galácia e frígia.
                Sua terceira viagem missionária inicia-se em Éfeso, onde fica por 3 anos, nesta cidade recebe notícias não muito boas da Igreja de Corínto. Ele escreve uma carta, porém não temos acesso a ela ( 1 Co 5.9).
               Depois disso a Igreja faz perguntas por escrito (1 Co 7.1); pessoas da casa de Cloe informam a situação da Igreja (1 Co 1.11); enviados de corinto Estáfanas, Fortunato e Acaico, visitam Paulo em Éfeso (1 Co 16.17).
               Paulo precisa escrever sua segunda carta para resolver muitos problemas que ficou sabendo através destas pessoas que estava acontecendo em Corínto:
·         Divisões, culto a personalidade;
·         Injustiça , irmãos levando outros ao tribunal;
·         Imoralidade, um homem possuindo a mulher de seu pai;
·         Alimentos sacrificados aos ídolos;
·         Desordem no culto, problemas de inversão de papéis;
·         Dúvidas sobre o casamento, divórcio, viuvez e ser solteiro;
·         Exaltação do dom de línguas;
·         Descrença na ressurreição;

Diante de todo esse contexto, quero me deter apenas em alguns versos do capítulo 2, precisamente do 1 ao 5.
O apóstolo começa a exortá-los com relação aos brigas e divisões que existiam no meio deles relatados pelos da casa de Cloé, afirmando que apresentou o Evangelho da cruz de Cristo e mais uma vez fala da vocação dos salvos, pessoas escolhidas não por suas posições sociais, porém pela vontade de Deus.
Agora ele passa a mostrar o método de crescimento de Igrejas que utilizou em Corinto. Ele mostra que utilizou a pregação do Evangelho, mas de que forma?

1.      A pregação do Evangelho não consiste em argumentação humana (v.1).

Não utilizou métodos humanos para o crescimento da Igreja de Corinto

Paulo não chegou aos corintos com superioridade de discurso ou conhecimento filosófico, para pregar, implantar na mente deles por repetição, exibir aquilo que estava acima da percepção humana, oculto.

Não utilizou os métodos dos filósofos da época, não exerceu aquilo que os cidadãos ricos faziam com relação aos pobres, implantando algo através da injustiça, imposição, da superioridade.

Hoje existem alguns modelos de crescimento de Igrejas que exaltam os métodos e muitos deles retirados de empresas, onde buscam bater metas, abrir franquias, pragmatismo, deu certo lá, vai dar aqui também. Não é porque utilizo a Bíblia que estou fazendo o certo.

Mark Dever disse: “Não é o pregador que faz uma igreja crescer. Deus pode usá-lo”.

Usamos o argumento de utilizar os métodos humanos para alcançar as pessoas, mas Paulo propõe algo diferente:

2.      A pregação do Evangelho consiste na cruz (v.2,4).

O método de crescimento de Igreja utilizado por Paulo é a Proclamação do Evangelho.

“O Crescimento natural de uma Igreja é obtido com a exposição do Evangelho” (Pr. Daniel Batista).

O problema não é o método, mas qual método utilizar para o crescimento de Igrejas. O apóstolo não quis achar o método mais apropriado, excelente para utilizar naquela Igreja, mas o que utilizou foi a proclamação, o implantar na mente dos corintos o Evangelho e este era a cruz, que foi a autonegação, renunciar a si mesmo, exposição da morte a expiação de Cristo. Mostrar sua morte como um criminoso que era pregado em uma estaca, assim como faziam os Judeus e Romanos ao condenar um criminoso a morte.

John Knox disse: “Sempre louvo a Deus que Cristo Jesus seja sempre pregado” – “O Pastor deve compartilhar o pão da vida a almas famintas e desfalecidas”.

Seu discurso não foi de sedução, não usou de métodos humanos para atrair pessoas, não utilizou a sabedoria e métodos que os corintos utilizavam.

O que ele utilizou, o que consistia o seu método de crescimento de Igrejas?

O Pleno conhecimento da verdade do Evangelho, este qualificado por Deus. Transmitido apenas através do milagre, da capacitação de Deus, ou seja, um poder transformador transmitido pelo próprio Deus.

Charles Spurgeon disse: “Se eu tivesse apenas mais um sermão a pregar antes de morrer, seria a respeito de meu Senhor Jesus Cristo. Penso que, quando chegarmos ao final de nosso ministério, lastimaremos que não tenhamos pregado mais sobre ele”.

O método paulino foi a pregação, instrução e anunciação do Evangelho de Cristo.

Paulo não utilizou métodos humanos para o crescimento da Igreja de Corinto, mas a proclamação e exposição das boas novas de Cristo, utilizando esse método o apóstolo fez aquilo que ao exaltar alguns métodos humanos acabamos perdendo.

3.      A pregação do Evangelho sempre glorifica a Deus e nunca exalta os homens (v.3-5).

O método de crescimento de Igrejas de Paulo sempre glorifica a Deus.
Paulo quando afirma que não utilizou métodos humanos para obter sucesso no crescimento daquela Igreja, ele sabia o que estava falando e sua condição quando foi estar com eles.

Ele utiliza três palavras, respeito/honra, agitação e fragilidade/depressão e falta de energia.
No grego quando fobô e tromô são utilizados juntos é para mostrar a intensidade da ação, ou seja, quando Paulo anunciou o Evangelho foi com grande agitação interior acompanhado de grande respeito e reverência. Ele sabia a responsabilidade que era pregar.
Pregou com grande respeito e agitação interior, mas também com fragilidade física e depressão.

Paulo passou por grandes problemas antes de chegar em Corinto como já mencionei acima, mas para lembrar, o apóstolo foi preso e açoitado em Filipos, saiu corrido de Tessâlonica e Bereia, em Atenas foi zombado e mal recebido. Estava fraco, frágil, com problemas físicos e emocionais.

Sendo assim, a glória não poderia ser dele, ele estava e era incapaz, se utilizasse métodos humanos fracassaria, sua mente e seu corpo estavam debilitados, por isso que o sucesso da sua pregação e do crescimento da Igreja em Corinto, apontavam unicamente para glória de Deus.

John Piper disse: “A Pregação é feita para levar pessoas a adorar o Senhor”

Sua fé, crença e método de crescimento não foi fundamentado em sabedoria humana, mas no poder milagroso transmitido a ele pelo próprio Deus.

Nós pastores somos todos os dias seduzidos por novos movimentos e métodos que aparecem para nos ajudar a fazer com que nossas igrejas cresçam, estudantes de teologia, futuros pastores e ministros planejam durante seus anos de estudo pastorear uma igreja grande, organizada, e muitas vezes quando saem do seminário são tentados a buscar métodos de crescimento alicerçados no saber humano.

A Igreja de Corinto mesmo grande e bem sucedida aos olhos humanos estava no caminho errado, exaltando seus ministros e métodos utilizados pelos filósofos, esquecendo que tanto Apolo, como Paulo e Cefas eram apenas os menores servos da Igreja e mordomos dos mistérios de Deus, nada era procedia deles (1 Co 4.1).

Mike Mackiley, escreveu um livro chamado Plantar Igrejas é para os fracos, quero citar uma parte do escrito para finalizar minha exposição:
“Ouça, se você prega uma grande série de sermões temáticos sobre casamento, finanças ou sexo, sua plantação de igreja pode crescer. Se você é um marqueteiro espertalhão e coloca outdoors atraentes espalhados pela cidade, sua igreja pode crescer rapidamente. Você pode usar camisetas das últimas tendências, tingir de loiro as pontas do cabelo e usar um microfone pendurado no ouvido. Mas, se você prega a Palavra de Deus com fidelidade, poucas pessoas serão tentadas a pensar que você é grande. Se você se levanta no domingo de manhã e explica que Jesus, ao perdoar os pecados do paralítico, conforme Marcos 2, estava  afirmando que era Deus e que a única maneira de perdoar os pecados era que Deus em carne tomasse sobre si mesmo a punição de nossos pecados na cruz, as pessoas terão uma de duas reações: elas louvarão a Deus ou pensarão que você é um completo idiota. Este é o fato. Deus planejou agir desta maneira. Você prega, e pessoas são salvas para a glória de Deus, ou a suposta “sabedoria” delas é confundida, e você parece um retardado, também para glória de Deus”.

O que nós como pastores ou futuros pastores, educadores religiosas, ministros de música faremos diante disso? Continuaremos a buscar os métodos humanos ou o método de Deus?

Os homens e seus métodos não são nada, qual é o método de crescimento de Igrejas de Paulo baseado em 1 Coríntios 2.1-5?

A pregação do Evangelho, sem a utilização dos métodos humanos, visando sempre a glorificação de Deus, que dá o crescimento como, onde e quando quiser!




segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O cântico de Simeão

Por John Stott

“Meus olhos já viram a tua salvação... luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo” (Lucas 2.30,32).

Hoje seremos apresentados a esse homem piedoso, chamado Simeão. Ele aguardava ansiosamente o Messias, e Deus lhe disse que ele não morreria antes de vê-lo. Movido pelo Espírito Santo, ele entrou no pátio do templo no momento exato em que José e Maria chegavam ali com seu filho de oito dias. Foi um exemplo maravilhoso de sincronização divina.
Naquele instante, Simeão teve discernimento espiritual para reconhecer Jesus. Ele o tomou nos braços, não instintivamente, para dar-lhe um abraço, mas como um gesto simbólico de reconhecimento, que ele deixou evidente em seu cântico: “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo” (Lucas 2.29).

Primeiramente, Simeão viu Jesus como a salvação de Deus. O que seus olhos tinham visto foi o filho de Maria; o que ele disse ter visto foi a salvação de Deus, o Messias que Deus havia enviada para nos libertar da pena e da prisão do pecado.

Em segundo lugar, Simeão viu Jesus como a luz do mundo, que iluminaria as nações e traria glória a Israel. Conscientemente ou não, ele ecoou Isaías 49.6, um versículo que mais tarde teve um importante papel na teologia missionária de Paulo.

Em terceiro lugar, Simeão viu Jesus como um motivo de divisão, uma rocha que seria tropeço para alguns e edificação para outros. Ele faria com que alguns se erguessem e que outros caíssem. Diante de Jesus, a neutralidade é impossível.


A história de Simeão é uma lição acerca da nossa condição espiritual. Que Deus nos conceda o discernimento para vermos, sob a superfície das aparências, a realidade de Jesus Cristo!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O amor precede a hospitalidade


Por Leandro Louzada

Texto Base: III João 1-4

Introdução: III João é juntamente com II João a menor carta do NT, segundo John MacArthur elas contém menos de 300 palavras gregas. O tema central de III João é: “Hospitalidade uma marca do verdadeiro cristão”.

Estamos tratando então de uma carta, mas como era uma carta no mundo antigo?
Dos 27 escritos do Novo Testamento, 21 são cartas. No século I, não existia tantos recursos de comunicação como temos hoje, por isso as cartas eram o meio mais usado para comunicação.
Também devido o crescimento rápido da Igreja, a forma encontrada para manter contato entre os cristãos por uma meio flexível, barato e ágil era a utilização das cartas.
As cartas também era uma forma de “marcar presença”, Leon Morrin diz que: “Poderíamos chamar isso de um meio para manter contato” .

A maioria das cartas do mundo antigo era constituída de três partes:

1.      Introdução: Contendo uma saudação, votos de saúde e benção;
2.      Corpo da carta: Desenvolvimento dos temas propostos, ligando a introdução ao corpo e o corpo a conclusão;
3.      Conclusão: Termina com saudações de diversos tipos e as cartas do Novo Testamento (algumas), acrescentam uma doxologia ou benção e diversos pedidos, desde oração (Romanos), até um pedido para trazer uma capa e livros (II Timóteo).

Agora que sabemos o que é uma carta e como era utilizada, precisamos saber quem, onde e quando a carta de III João foi escrita?
Alguns estudiosos defendem que esta carta foi escrita por um presbítero chamado João e não tinha qualquer relação com o apóstolo João. Porém essa posição teológica nunca ficou provada, muito menos a existência deste homem.
A tradição diz que tanto as três cartas de João, como o Evangelho de João e o livro do Apocalipse, foram escritos pelo apóstolo João, aquele conhecido como apóstolo do amor. Basta fazermos uma leitura superficial dos seus escritos que observaremos grandes semelhanças. 
João escreve essa carta segundo MacArthur, provavelmente entre os anos 90-95 a.C, quando o presbítero estava pastoreando a Igreja de Éfeso.
Diante disso, passaremos a analisar os 4 primeiros versos desta carta, a introdução da mesma.

1)      Não ame apenas de palavras (v.1).

1.1.      João se apresenta como presbítero

Isso significava que era um ancião encarregado da administração e governo de Igrejas individuais. João era o responsável por algumas igrejas, mesmo não estando pastoreando as mesmas efetivamente.

1.2.      João escreve ao amado

O termo no grego utilizado como amado, significa aquele que possuo profundo laço de afetividade, podendo se referir a Deus ou irmão. Aqui precisamente João está usando o termo para enfatizar Gaio.
Gaio era um cristão muito amado por João, não sabemos bem certo quem era Gaio, seu nome era um dos 18 mais usados no mundo grego-romano, mas sabemos como o mesmo era querido e se portava diante da comunidade que vivia.

1.3.      João o ama na verdade

João possui um profundo laço afetivo com Gaio e agora enfatiza isso, dizendo que o ama, no original significa que o valoriza e manifesta generosa preocupação pelo “Amado”, essa preocupação e valorização o impulsiona a cuidar e desejar continuamente o cuidado daquele irmão.
Mas o presbítero faz questão de mostrar que faz isso na verdade, ou seja, não somente em palavras, mas em conduta, sinceridade e veracidade.

João não só fala, antes, demonstra com suas atitudes e integridade de coração o amor.

2)      Não seja apenas alvo do amor, transmita o amor (v.3-4).

2.1.       João deseja o bem estar de Gaio

Como já foi mencionado, nas cartas antigas, geralmente votos de saúde são mencionados para o receptor ou receptores da carta. João deseja prosperidade e saúde para Gaio. Prosperidade é viver plenamente, contente e tendo as necessidades supridas e saúde é ter um corpo ausente de problemas físicos.

2.2.      João quer enfatizar e apontar a vida espiritual saudável de Gaio

O presbítero usa a palavra psique, que significa a sede dos desejos, sentimento e apetites. Ele o deseja prosperidade e saúde, assim como tem uma vida espiritual saudável. Gaio era um homem equilibrado.

2.3.       João mostra que uma vida espiritual saudável, está associada ao testemunhar e andar na verdade.

Se notarmos, veremos que João estava falando de amor e verdade, agora muda para apenas verdade. Mas não podemos dicotomizar o amor da verdade, ambos estão entrelaçados, não tem como viver na verdade sem o amor e assim vice-versa. Andar no caminho da verdade significa andar no caminho do amor, lembra o que o próprio João transcreveu: “E disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida...” (João 14.6a) e “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (I João 4.8).
Assim, como João não ama Gaio só de palavras, o mesmo salienta que o “Amado” também vive desta maneira, não é apenas alvo do amor, porém, transmite esse amor, algo reconhecido e experimentado por aqueles que estão a sua volta.

2.4.      Diante disso João pode ter tranqüilidade

O verbo grego utilizado tem o significado de estar calmamente feliz, confortável, em paz e tranqüilo.

João sabendo que Gaio não é somente alvo do amor, mas transmite esse amor com sua vida e palavra, fica extremamente calmo, tranqüilo e confortável.

3)      Não fique estagnado, cresça na verdade e amor (v.4).

3.1.       João mostra que andar na verdade significa crescer na verdade, sendo assim, crescer no amor.
Crescer em uma vida de boa conduta, um andar e viver sincero e em tudo que fizer, falar ou pensar que seja com veracidade.
Mas isso não pode ser apenas por um momento ou tempo, por sua vez, deve ser continuo, o que a Bíblia chama de crescer de Glória em Glória a maturidade cristã.

 3.2.       Diante disso João pode se alegrar
Gaio estava testemunhando, vivendo e progredindo na verdade. Diante disso, João sente profunda alegria, deleite e satisfação. João faz questão de dizer que o considerava o seu filho na fé, a palavra no grego pode ser traduzida também como aluno e discípulo. Gaio era um discípulo, o discípulo estava sempre a disposição do seu mestre para crescer e aprender, ele aprendia no caminhar e viver.
Gaio não era apenas alvo do amor, mas transmitia o amor, todos que estavam a sua volta viam o seu agir e progresso, mas mesmo assim ele ainda estava progredindo e sua caminhada ainda não havia acabado.

Conclusão: João amava Gaio não só com palavras, por sua vez, Gaio era o alvo do amor, mas também transmitia esse amor e não apenas vivia e transmitia esse amor fincando na verdade, como a cada dia buscava andar e caminhar na direção desta verdade que estava ancorada no amor de Deus.
Será que estamos amando o outro com palavras e atitudes? Estamos querendo ser amados e cuidados, mas será que amamos e cuidamos? Como está nossa vida espiritual, estamos progredindo na verdade? Qual o sentimento dos outros ao nosso respeito, as pessoas sentem paz, descanso e tranqüilidade quando pensam ou escutam sobre nós ou ficam angustiadas e tristes?
Qual atitude tomaremos a partir de hoje? Andaremos no caminho da verdade e amor ou não?

A Deus seja dada toda glória, amém!