segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O cântico de Simeão

Por John Stott

“Meus olhos já viram a tua salvação... luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo” (Lucas 2.30,32).

Hoje seremos apresentados a esse homem piedoso, chamado Simeão. Ele aguardava ansiosamente o Messias, e Deus lhe disse que ele não morreria antes de vê-lo. Movido pelo Espírito Santo, ele entrou no pátio do templo no momento exato em que José e Maria chegavam ali com seu filho de oito dias. Foi um exemplo maravilhoso de sincronização divina.
Naquele instante, Simeão teve discernimento espiritual para reconhecer Jesus. Ele o tomou nos braços, não instintivamente, para dar-lhe um abraço, mas como um gesto simbólico de reconhecimento, que ele deixou evidente em seu cântico: “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo” (Lucas 2.29).

Primeiramente, Simeão viu Jesus como a salvação de Deus. O que seus olhos tinham visto foi o filho de Maria; o que ele disse ter visto foi a salvação de Deus, o Messias que Deus havia enviada para nos libertar da pena e da prisão do pecado.

Em segundo lugar, Simeão viu Jesus como a luz do mundo, que iluminaria as nações e traria glória a Israel. Conscientemente ou não, ele ecoou Isaías 49.6, um versículo que mais tarde teve um importante papel na teologia missionária de Paulo.

Em terceiro lugar, Simeão viu Jesus como um motivo de divisão, uma rocha que seria tropeço para alguns e edificação para outros. Ele faria com que alguns se erguessem e que outros caíssem. Diante de Jesus, a neutralidade é impossível.


A história de Simeão é uma lição acerca da nossa condição espiritual. Que Deus nos conceda o discernimento para vermos, sob a superfície das aparências, a realidade de Jesus Cristo!

Um comentário:

  1. Excelente, se permitir vou colocar na pastoral do boletim de Morrinhos

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