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terça-feira, 5 de maio de 2015

Deus abomina um culto centralizado no homem: Um alerta ao mundo “gospel”.

Por Leandro Louzada

Texto: Malaquias 3.13-18                    

Deus revela através do profeta a diferença entre o justo e o injusto.

Introdução:
Numa certa tarde agradável em Belo Horizonte, estava sentando na calçada quando meu vizinho denominado “Gunga” passou na caminhando cabisbaixo. Acenei com a mão e levemente o saudei, nesse momento ele parou e veio em minha direção, fiquei surpreso com tudo que iria acontecer.
Gunga era evangélico não faltava um culto em sua Igreja, mas segundo ele, as coisas não estavam “andando” na sua vida, pediu para eu orar por ele em minha Igreja e falou algo surpreendente, disse que Deus não se importava com ele, que todos que estavam a sua volta se davam bem na vida e ele um homem que buscava a Deus e ia à Igreja não recebia as mesmas recompensas, não tinha um bom emprego, morava com a mãe e não tinha uma namorada. Deus não se importava com, porque se importasse daria tudo isso para ele.

Essa era a visão do meu vizinho com relação a servir e cultuar o Senhor!

Só recapitulando, o povo havia voltado de exílio na Babilônia havia aproximadamente 200 anos, através de Zorobabel, Esdras e Neemias, em três momentos distintos. Porém ainda estavam sob o domínio Persa, oprimidos, pagando altos tributos, sem bons empregos, o templo do Senhor não tinha a mesma glória se comparado ao construído por Salomão e o Messias prometido não veio.

Deus havia falhado na concepção deles, as promessas não se cumpriram, por isso todos estes problemas culminaram no esfriamento espiritual, negligencia com a lei do Senhor e descaso no culto a Deus.

Malaquias, o mensageiro de Deus, escreve esse livro para resgatar o culto ao Senhor, buscando o arrependimento, confissão de pecados e mudança de direção do povo de Isarel.
O escrito é diferente dos demais livros proféticos, o profeta não aparece dizendo que tem uma mensagem da parte de Deus, afirmando assim diz o Senhor, porém é um diálogo entre Deus e o povo intermediado pelo profeta, uma forma de perguntas e respostas, com direito a réplica e tréplica.

Mas o que o povo estava fazendo contra Deus?
Vimos que Deus amava o povo, eles haviam sido escolhidos por Deus dentre todas as nações, o Senhor zelava por Israel. Mas Malaquias apresenta um povo obstinado, cínico e sem temor a Deus. Um povo que na verdade não conhecia de fato a pessoa de Deus e sua justiça. Tinham uma péssima teologia e por causa disso viviam de forma péssima.

Os sacerdotes não zelavam pelo culto, sendo assim, levavam todo povo a fazer o mesmo, o desânimo da liderança atingiu a maioria dos liderados.

O povo trazia animais defeituosos para oferecer ao Senhor, algo abominável para Deus que exigia o melhor animal, afirmavam estavam cansados, enfadados de prestar culto a Deus, prestavam e conduziam o povo a prestar um culto informal, não ensinavam a lei e faziam muitos a tropeçarem por falta de conhecimento das Escrituras. Diante de todos estes fatos Deus afirma que castigaria os líderes do povo.

Mas também os sacerdotes e o povo estavam deixando suas mulheres e casando com mulheres pagãs, se prostituindo, adulterando e divorciando, estavam quebrando a aliança que fizeram com Deus, rompendo os estatutos, deixando de prestar um culto devido e se lançando aos seus pecados.

Os sacerdotes afirmavam que cultuar a Deus era uma canseira, agora Deus diz, estou cansado do culto de vocês, porque o povo estava questionado a justiça de Deus, dizendo que somente os injustos eram abençoados. Contudo, Deus com muita paciência, mais uma vez responde os profanos afirmando que a recompensa dos justos e injustos estava reservada.

Por fim, Deus afirma que o povo estava o roubando, estavam desviados das leis e estatutos de Deus, porque estavam negligenciando o dízimo do Senhor, este que sustentava os levitas, viúvas e órfãos e festas religiosas da época. E por causa desta ação, Deus estava amaldiçoando, retendo as chuvas, mandando gafanhotos para destruir as plantações, não dando produto na vide e fazendo o povo ficar escarnecido por outras nações. Mas se voltassem a praticar a devolução do dízimo, todas as maldições se reverteriam em bênçãos.
Chegamos à reta final do livro do profeta Malaquias e é sobre isso que o profeta irá tratar a diferença entre o justo e injusto, daqueles que servem e não servem a Deus.
Mas o profeta movido por Deus não partirá de uma perspectiva e compreensão humana, mas divina.

Lembre-se, Deus abomina um culto centralizado no homem
1.      A dureza de um coração obstinado (v.13).
O povo foi muito duro com Deus, usaram palavras agressivas e fortes, uma palavra “duras” no original tem uma conotação de força. A mesma palavra usada várias vezes por Moisés e Deus para encorajar Josué e mais tarde usado por Josué para encorajar o povo. “Esforça-te e tem bom ânimo” (Js 1.9).

1.1. Um povo com a língua afiada (v.13a).
O coração do povo era duro, obstinado, estavam longe de Deus, frios espiritualmente, apegados nas coisas, amantes de si mesmos.
Falavam daquilo que não conheciam e sabiam.

1.2. Um povo cínico e indiferente (v.13b).
Não bastava falar mal de Deus, agora estavam como nas outras vezes, fazendo-se de bobos, fingindo não saber do que se tratava a repreensão de Deus.
Na verdade eles sabiam como estavam, tudo que faziam, o abandono a Deus e negligencia do culto ao Senhor, com estas perguntas queriam mudar o foco do diálogo ou simplesmente fingir que não estavam entendo a repreensão de Deus.

1.3. Refreie sua língua e tenha um coração sincero.
Antes de começar a se lamentar para Deus ou alguém, pense nas suas palavras, muitas vezes somos muito duros com Deus, somos mal agradecidos, nunca estamos satisfeitos com aquilo que Deus nos dá diariamente.
Sejamos sinceros, “a pior pessoa não a que erra, mas a que não reconhece seus erros”. Erramos, mas agimos como se fossemos perfeitos e quando somos questionados fingimos que não sabemos sobre o que se trata a repreensão.
Como está sua língua? Tem agradecido a Deus por tudo ou só fica reclamando da vida?
Você tem um coração sincero? Reconhece seus erros ou finge que está tudo certo na sua vida, mesmo sabendo que está tudo errado?
Lembre-se, Deus abomina um culto centralizado no homem
2.      A incoerência de um coração obstinado (v.14-15).
O povo tinha uma língua afiada e agiam com cinismo e indiferença, Deus mostra para eles o que estavam falando, quais eram as palavras agressivas que partiram dos seus lábios.

2.1. Um povo com problemas de memória (v.14a).
Afirmavam que era inútil servir a Deus, uma coisa vã, no sentido de Deus ser um enganador, falso, mentiroso.
Aquelas pessoas estavam questionando o caráter de Deus, não existia nenhum proposito para viver uma vida para Deus, tudo era simplesmente uma enganação.
Mas como eles esqueceram tão depressa tudo que Deus fez por eles ao longo da história, a preservação do povo quando Adão pecou e depois do dilúvio, o chamado de Abraão ratificando uma aliança de bênçãos para o povo, José no Egito sendo levantado como governador e trazendo sua família (povo de Israel) para o Egito para não morrerem de fome, o êxodo no deserto através de Moisés, livrando o povo da opressão e morte, Josué recebendo o bastão de Moisés e herdando a terra de forma milagrosa, reis levantados para dirigir e purificar o povo, como Davi, Ezequias, Josias, quando tudo parecia perdido um rei piedoso se levantava, a libertação do povo dos Assírios e Babilônios.
Tinham sérios problemas de memória.

2.2. Um povo que adorava a si mesmo (v.14b-15).
Faziam votos e andavam de forma que exteriormente aparentavam contrição e arrependimento, mas não passava de um interesse para obter as bênçãos de Deus.
Veja bem o que estão falando: “Guardamos a lei de Deus e andamos confessando os nossos pecados continuamente”.
Um povo extremamente “cara de pau”, basta lembrarmos o que praticavam: MacArthur afirma que eles, Questionavam a Deus (2.17); desobedeciam a sua lei (2.9); profanavam o altar do Senhor (1.7,12); desprezavam o nome dele (1.6). Mas também eram adúlteros (2.14); roubavam a Deus (2.8).
Cobravam de Deus uma ação e tinham uma falsa piedade, eram hipócritas.
Também questionavam a justiça e soberania de Deus. Assim com fizeram no capítulo 2.17, repetem o questionamento dizendo que Deus é injusto, porque os soberbos são felizes, comentem impiedades e prosperam e tentam ao Senhor e escapam.
O problema é que o sucesso e felicidade para eles estava ligado ao ter, quando obtenho coisas materiais nessa vida sou bem sucedido, tenho as bênçãos de Deus.

Os persas não importam com Deus, são soberbos, cheios de si, não se curvam ao Senhor, mas mesmo assim são felizes, são ricos e a cada dia enriqueciam mais, os altos imposto dava instabilidade para os persas e pobreza para os Israelitas, são prósperos. Praticam o mal deliberadamente, oprimem o povo de Deus, com sua ganância e sede pelo poder passam por cima de tudo e todos, toda via sempre escapam das mãos do Senhor.
Resumindo: Deus é um Deus injusto!
Mas nenhuma afirmação do povo era verdadeira, porque felicidade, prosperidade não estão ligadas a conquistas de bens materiais e poder. E julgamento de Deus não está associado com acontecimentos somente neste tempo, Ele é o Senhor do tempo e da história.
Eles tinham uma péssima memória e adoravam a si mesmos, buscavam a Deus para obter coisas, quando viu que a as “coisas” não estavam aparecendo passaram a ser indiferentes e cínicos.

2.3. Não perca a memória e não preste adoração a si mesmo.
Meu avô foi um dos homens mais amorosos que conheci, sempre que chegava à sua casa ele logo me recebia com um abraço, todos os dias varria a rua onde ficava localizada a sua residência e ficava sentado num banco de madeira na esquina da rua para tomar um sol e “ventinho”. Nunca conheci um torcedor do Atlético como ele, ouvia todos os jogos no seu radinho de pilha e não usava nem aceitava a entrada de roupas e objetos azuis, pois era a cor do time rival.
No fim da sua vida ele teve uma doença chamada Alzheimer, uma doença que leva a pessoa ao esquecimento, perto de sua morte ele não sabia mais quem eu era, nem minha mãe, avó e tios, não ouvia mais os jogos do Atlético, esqueceu-se da sua história.
Algumas vezes somos assim, mas não temos Alzheimer, esquecemos de tudo que Deus fez por nós e nossa família. Pensamos que por causa dos nossos problemas é inútil servir a Deus.

Sabe porque? Porque nossa fé não está em Deus, mas em nós, adoramos a Deus, vamos a Igreja por causa de nós e não de Deus. O culto a Ele não é para honrá-lo e glorifica-lo, mas para conseguir uma ajuda de Deus para pagar minhas contas no fim do mês ou ter minhas dores curadas.
Deus age nas nossas vidas, quando buscamos a Ele sem interesse algum! As portas se abrem os milagres acontecem quando Cristo é glorificado, quando nossa única motivação é a glória de Deus!

Você está pensando em abandonar a Igreja porque está cheia de problemas e as coisas parecem que não vão mudar? Quando você vem a Igreja é por sua causa ou por causa de Deus? Lembre de tudo que Deus fez por você ao longo da sua história? Será que você realmente merecia todo favor de Deus?

O povo de Israel tinha um coração obstinado, por isso era duros e incoerentes com Deus. Lembre-se, Deus abomina um culto centralizado no homem

3.      A herança de um coração temente (v.16-18).
O povo tinha um coração obstinado, eram duros e incoerentes, falavam contra Deus de forma agressiva, achavam que era inútil, vão servir a Deus, suas fé estava alicerçada naquilo que Deus poderia dar não em quem Ele era, ao invés de cultuar a Deus eles se cultuavam. Agora Deus, através do profeta, passa a mostrar a herança de um coração temente a Ele.

3.1. A atenção divina (v.16).
Existia um remanescente, em todos os tempos sempre existiu um grupo (muitas vezes maior) que não temia e amava a Deus, mas sempre também existia um remanescente, um grupo menos que lutava e reprovava as práticas do grupo maior.
Esse remanescente reprovava a ação do líderes de Israel e sucessivamente do povo, não aceitavam a negligencia ao culto, culminando no adultério e divórcio, negligencia com a Lei, a forma que os sacrifícios eram oferecidos, com o roubo a Deus nos dízimos e ofertas, com a audácia de questionar a Deus e afirmar ser inútil servi-lo e a barganha com Deus por parte do povo.
Eles TEMIAM o Senhor assim como:
·         Abraão temeu a Deus e não negou o seu único filho a Deus (Gn 22.12);
·         Jetro orientou Moisés a escolher juízes (homens) que temiam a Deus (Ex 18.21);
·         Uma mulher que teme a Deus deve ser louvada (Pv 31.30).
No sentido de possuir uma profunda reverencia, prestar honra, ter medo.
Eles conversavam uns com os outros, sabiam que Deus agiria e mandaria maldição sobre os injustos, sobre a aqueles que profanavam o nome de Deus, temiam a ação de Deus no meio deles ao ponto de serem atingidos.
Mas Deus estava atento a tudo que falavam, os olhos e ouvidos de Deus estavam em direção à aqueles que o temiam. O profeta diz que na medida que o povo falava Deus estava em suas mãos “o rolo de lembrança”.
O Rolo da lembrança talvez poderíamos fazer uma associação com o livro da vida, aquele que consta o nome de todos que serão salvos (Fp 4.3; Ap 3.5; 17.8; 20.12,15; 21.27).
O povo havia dito que era inútil servir a Deus, esqueceu-se de Deus e de sua ação na história, agora Deus está dizendo, eu não me esquecerei dos justos.

“Os que se lembram do meu nome”
O nome naquele tempo significa a própria pessoa, na sua completude. Aquele remanescente tinha plena convicção e conhecimento da pessoa de Deus. Não falaram contra seu caráter, soberania, ação, justiça, mas lembravam constantemente de Deus mesmo diante do caos e dá aparente encolhimento das mãos de Deus naquele momento da história.

3.2. O tesouro divino (v.17-18).
O nome do remanescente fiel estava no “rolo de lembrança”, eles seriam salvos e preservados por Deus. O Senhor chamará esse grupo de “minha propriedade exclusiva”, “Uma possessão particular”, “Uma joia cuidadosamente trancada”.
Esse substantivo feminino aparece apenas seis vezes no AT, todas as vezes fazendo alusão ao povo de Israel e seu relacionamento com Deus.
Naquele dia (no julgamento de Deus), na separação das ovelhas dos bodes, Deus separará seu povo, que já está guardado de forma cuidadosa.
No Novo Testamento Pedro usando o texto de Êxodo 2.9 na sua primeira carta no capítulo 2.9, aplica essa propriedade exclusiva de Deus a Igreja.
Deus nos ouve e nos guarda, somos o seu tesouro a sua propriedade divina.

“Pouparei vocês como um pai poupa seu filho que o serve”
Geralmente naquela época um filho que servia seu pai fielmente era poupado de alguns afazeres. Assim Deus poupará os seus filhos da sua ira e condenação.
Mas os injustos não serão poupados!
Receberão sua recompensa e todos verão a diferença entre os que servem a Deus e os que não servem!

Conclusão:

Deus não é injusto, não é inútil servia a Deus, mesmo diante das dificuldades e intemperanças da vida, quando nós buscamos a Deus e vamos a Igreja não é por causa de nós, mas de Deus, amamos e servimos por amor, vivemos para Ele e para glória dele!
Podemos descansar em Deus, sabendo que ele está atendo para tudo que fazemos e falamos e nós pertencemos a ele, somos a sua propriedade, seu tesouro!

Aplicações práticas:
1.      Não temos o direito de sermos agressivos com Deus, questionar é diferente de agredir;
2.      Nosso cinismo nos levará a ruínas, Deus abomina nossa falsidade;
3.      Não se esqueça de tudo que Deus já, faz e fará para você e por você;
4.   Deus não quer sua falsa religiosidade praticada como forma de lucrar ou ganhar alguma “bênção” dele, Ele quer sua adoração sincera a Ele e não a você;
5.      Viver para Deus não é como depositar dinheiro na poupança, os resultados da nossa fé não é os bens materiais que adquirimos, mas a salvação que Cristo obteve na cruz;
6.    Deus não abandona os que o temem e seus nomes estão escritos no livro da vida, você é propriedade exclusiva e guardada por Deus;
7.      Deus nunca será injusto, nossa compreensão de justiça é diferente da compreensão de Deus, ele faz o que bem desejar, com Ele quiser, quando bem entender, uma coisa é certa, os justos serão recompensados com uma morada no céu e o injustos receberão a ira e condenação divina, Deus é um Deus justo.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

A vida e obra de Timóteo contada em poucas palavras

Por Leandro Louzada

Texto base: Atos 16.1-5

Listra e Derbe eram as últimas cidades da Galácia visitadas na primeira viagem missionária. Agora, viajando de leste a oeste, obviamente Derbe e Listra eram as primeiras cidades a serem revisitadas.
Um evento que ficou marcado na história da igreja e cristianismo aconteceu na cidade de Listra. Naquela cidade moravam um jovem chamado Timóteo, sua mãe Eunice, que era uma judia que se converteu à Cristo. Evidentemente, ambos foram aceitos por Cristo na primeira viagem missionária de Paulo, neste período provavelmente Timóteo teria 13 anos de idade.
Paulo revisita a cidade de Timóteo aproximadamente 6 anos depois, e nesta visita escolhe Timóteo, agora com 19 ou 20 anos, para ser seu parceiro de ministério.
Mas quem era esse jovem? Hoje iremos aprender sobre a vida de um jovem que balançou o mundo.

1)      Como era a família de Timóteo? (v.1)

1.1) Filiação e educação

Timóteo era filho de uma judia e de um grego, o famoso casamento misto, composto por pessoas de diferentes credos, raças e cultura. Em Jerusalém não existia muitos casamentos assim, nem era bem vistos, mas nas cidades mais distantes era comum a realização dos mesmos, principalmente em terras gentílicas.  O verbo “era” que se encontra no verso 3, dizendo que Timóteo era filho de um gentio, está no modo imperfeito, ou seja, provavelmente o seu pai já havia morrido. Também é citado na Bíblia a sua vó chamada Loide, uma judia que Paulo diz que não tinha uma fé fingida e que foi exemplo para o jovem Timóteo (II Tm 1.5).

1.2) Composição do seu lar

Timóteo era fruto de uma família disfuncional, mesmo assim foi ensinado por sua mãe, vó e Paulo. Ele não se tornou um monstro por possivelmente não ter pai ou por ser de uma família mal vista. Na Pré-adolescência, o Deus não só dos judeus se revelou e o chamou.

2) Como era o modo de viver de Timóteo? (v.2)

2.2) Um discípulo de Cristo

Lucas diz que Timóteo era um discípulo, no grego a palavra discípulo e aluno é a mesma, Timóteo era um jovem disposto a aprender os valores do reino de Deus.

2.3)  Um exemplo no seu modo de viver

Conhecido na região de Listra e Icônio, como um jovem exemplar, que dava permanentemente um bom testemunho diante dos homens, ao ponto dos irmãos destas regiões testemunharem sobre sua conduta.

3) Como foi o início do seu ministério? (v. 3-5)

3.1) Chamado por Paulo

Timóteo havia sido escolhido por Deus, bem visto pela igreja e agora chamado por Paulo. Esse é o início de uma grande amizade e companheirismo entre Paulo e Timóteo.

3.2) Circuncidado por Paulo

Talvez esse é o ponto mais controverso de Paulo, pois a pouco tempo atrás o mesmo havia lutado contra essa prática, dizendo que a fé cristã era recebida pela fé em Cristo e não pela obediência à lei, agora Paulo circuncida Timóteo, a princípio caindo em contradição. Será que Paulo agiu como um hipócrita? A primeira vista sim, mas precisamos contextualizar sua ação, o mesmo não ensinou e reivindicou a obediência a lei, mas apenas circuncidou Timóteo como estratégia de evangelização, o que tempo mais tarde ele escreveu aos Coríntios que faria de tudo para ganhar os judeus (I Co 9.20). Timóteo era meio judeu e talvez pelo fato de não ser circuncidado o povo judeu não o receberia com bons olhos.

3.3) Contribuiu para o crescimento da Igreja

Paulo e Timóteo passavam pelas cidades levando a decisão (decreto), do concílio de Jerusalém, ou seja, Paulo não entra em contradição, pois não acredita que observar a lei e circuncidar é essencial para fé cristã, mas usa a circuncisão de Timóteo como estratégia para anunciar o decreto do concílio. Assim as igrejas começaram a crescer no momento que as barreiras foram removidas.

Timóteo foi um jovem de família disfuncional que foi chamado por Cristo para o ministério pastoral, seu modo de viver entre os irmãos era exemplar e seu início de ministério contribuiu para o crescimento do Reino de Deus.
Ele foi enviado para Corinto (I Co 16.10); Viajou com Paulo para Jerusalém, para levar a oferta levantada para os pobres daquela cidade (Atos 20.4-5); Acompanhou Paulo em Roma e ficou no tempo de prisão do apóstolo (Fp 1.1); Após o período do primeiro aprisionamento de Paulo, o mesmo deixou Timóteo em Éfeso. Timóteo foi o missionário e companheiro que Paulo mais recomendado para cuidar de alguma igreja, isso foi fruto da sua lealdade ( I Co 16.10; Fp 2.19 e I Tm 3.10).
Paulo chamava Timóteo de seu filho na fé e escreve a sua última carta ao jovem, rogando para o mesmo ser um servo fiel que lute pela fé cristã e sã doutrina.
Como é sua família? O que você tem ensinado para os seus? Você usa seus problemas familiares para deixar de servir a Deus?
Como é seu exemplo diante dos irmãos? As pessoas testemunham bem de você?

Como está seu ministério? Você tem acrescentado pessoas para Deus?

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Os benefícios do perdão para minha família

Por Leandro Louzada
Carnegie Simpson disse: “O perdão, para o homem, é o mais claro dos deveres; para Deus é o mais profundo dos problemas”. Por isso, antes de analisarmos o poder do perdão, precisamos analisar a gravidade do pecado, pois se existe perdão é porque existe o pecado. John Stott no seu livro “A cruz de Cristo” diz que: Na Bíblia existem quatro princípios básicos que mostram a seriedade do pecado, são eles:

1)A gravidade do pecado;
2)A responsabilidade moral do homem;
3)A culpa verdadeira e falsa;
4)A ira de Deus.

 O pecado é a transgressão da lei de Deus, mesmo o homem tendo uma natureza pecaminosa ocasionada pela herança de Adão, somos moralmente culpados por nossos atos, com isso Deus sendo santo e puro não pode se relacionar conosco, a sujeira dos nossos pecados nos separam de Deus, por causa disso Deus não pode tolerar os nossos pecados, sua santidade não permite isso, e por causa disso Ele se ira contra todo tipo de atitude pecaminosa, não uma ira como a nossa, de raiva e descontrole, porém uma ira de repulsão a tudo aquilo que o ofende e transgride suas leis. Diante desta situação gravíssima que se encontrava o ser humano, Deus envia o seu próprio filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz por nós, para expressar seu eterno amor e justiça, Cristo morre por amor a todos nós e para levar sobre si de uma vez por todas a ira de Deus por nossos pecados. Através de Cristo temos o perdão dos nossos pecados, um justo morreu pelos injustos, somos justificados, nos tornamos santos e irrepreensíveis diante de Deus, através da morte de Jesus Cristo, temos livre acesso a Deus, podemos orar e ter a certeza de ser ouvido, através também da morte de Cristo, temos a garantia da vida eterna, por causa do sacrifício de Cristo. “O castigo que nos trás a paz estava sobre ele e sobre suas pisaduras somos sarados” (Isaias 53). Deus nos perdoou e por causa disso temos o dever de perdoar nossos irmãos. Nosso perdão diante do perdão e sacrifício de Jesus e imensurável. Assim como Cristo deu a vida por nós, devemos dar as nossas vidas aos nossos semelhantes (1 João 3.16). Muitas famílias não vivem diariamente o poder do perdão porque ainda não compreenderam o sacrifico de Jesus Cristo na cruz. Mas hoje todos nós e todas as famílias presentes poderemos viver o perdão de Deus e liberar o perdão uns aos outros. Na oração do pai nosso Jesus diz que somos perdoados por Deus se perdoarmos uns as outros, na parábola do servo incompassível expressa a mesma linha de raciocínio.

 Vejamos então quais são os benefícios do perdão para nossa família:

1)O perdão resgata o diálogo no lar (Lucas 17.3) Jesus logo após exortar seus discípulos sobre a gravidade dos escândalos os orienta a como praticar o ato de perdoar.

1.1)Os problemas virão Jesus sabia que os problemas de relacionamento viriam, e por causa disso ele oriente seus discípulos a repreender aquele que cometesse algum erro contra um deles. Sempre haverá problemas de relacionamento nas famílias. Não é praga, porém uma realidade, assim como Jesus disse que era inevitável o escândalo. O segredo é como nós enfrentaremos os problemas. Quando vem os problemas muitas vezes:

•Gritamos e xingamos uns aos outros;
•Agimos com a síndrome da Adão e Eva;
•Ficamos calados e engolimos tudo até explodir;
•Jogamos tudo para o alto, agimos pela emoção do momento;
•Saímos contando pra todo mundo o que aconteceu, principalmente para meus parentes;
•Falta de humildade, o orgulho e a arrogância.

 1.2)Como estamos agindo diante dos problemas que enfrentamos em nossos lares? Jesus orientou seus discípulos a repreenderem (censurar com intensidade), ou seja, procurar resolver os problemas com quem sofreu e causou a falta. Repreender não é sinônimo de xingar ou brigar, mas de esclarecer onde foi que originou o problema cometido pelo outro, dialogar para chegar no fator comum. O primeiro beneficio do perdão é que ele resgata o dialogo no meu lar, mas também:

2)Restaura os laços desfeitos (Lucas 17.3b) O perdão resgata o diálogo no lar, sendo assim, com o resultado da conversa, branda que desviará o furor, os laços serão restabelecidos.

2.1) O pecado confessado e perdoado, restaura os laços desfeitos Jesus orienta seus discípulos a repreenderem, usar o dialogo para resolver os problemas, o resultado positivo desta conversa, gerará arrependimento e perdão. Colocando os pingos nos “is”, resolvendo as questões, o culpado confessando ser culpado, o lesado perdoando suas dívidas, os laços familiares são refeitos, as mágoas são jogadas para o lago do esquecimento, o ódio, a ira e rancor, são substituídos, pela paz, alegria, amor e perdão.

2.2) Porque muitos laços familiares estão desfeitos? Mesmo usando o dialogo, muitas vezes não é resolvido as pendências, o culpado não confessa ser culpado e o inocente não libera o perdão. Uma família com laços desfeitos será uma presa fácil para o diabo destruí-la por completa. Perdão significa perder e muitas vezes nosso orgulho não deixa isso acontecer, batemos o pé e queremos vingar, pagar na mesma moeda, ao invés de dialogar e perdoar. Quais são os laços familiares que estão desfeitos que hoje você tem a consciência que precisam ser refeitos? Qual familiar seu que você precisa liberar o perdão pra ele ou que você precisa confessar que falhou com ele? Qual atitude você vai tomar, dialogar e confessar ou distanciar e desprezar? Quais são os benefícios que o perdão trás para nosso lar? O resgate do dialogo nos nossos lares e a restauração dos laços desfeitos e por fim.

3)Quando confesso meus pecados, tenho minha vida curada (Tiago 5.16). Tiago afirma na sua carta que a confissão dos pecados gera cura para o meu corpo e para minha alma.

3.1) O poder terapêutico do perdão Quando confessamos nossos pecados uns aos outros, retiramos um fardo sobre nós. Isso que Tiago quis dizer, muitas pessoas estão doentes da alma e do corpo, porque estão presas nas marcas do passado.
Talvez nesta noite existam:
•Esposas ou maridos que foram traídos;
•Filhos que foram abandonados;
•Avós que foram esquecidos;
•Irmãos que se odeiam;
•Cunhados que não se olham.

 E isso tem causado sérios problemas, gastrites emocionais, problema de depressão, insônia, taque, cardíaco, caspa, sonolência, falta de atenção, incapacidade de memorização, suor nas mãos e pés, crise de identidade, baixa auto-estima, vicio em drogas e bebida, vicio na pornografia, desejo por sexo compulsivo, falta de confiança nas pessoas, e por fim, falta de comunhão com Jesus e a igreja. “Quando não perdoamos, é como beber um copo de veneno e quiser que o outro morra”.

3.2) Qual atitude vou tomar? Ficar sofrendo pela dureza do meu coração, ou perdoar os meus devedores assim como Deus me perdoou? Volto agora ao inicio do meu sermão, vimos que o sacrifício de Jesus na cruz, foi para nos perdoar de todas as dividas que tínhamos com Deus. Agora te pergunto, será que as dividas dos meus familiares são maiores do que as minhas contra Deus? Porque Deus me perdoa e não posso perdoar meus familiares? Você pode responder, porque ele é Deus e eu não! Mas a Bíblia diz que assim como Deus me amou e perdoou, devo amar e perdoar os meus irmãos! Os benefícios do perdão são o resgate do dialogo no meu lar, a restauração dos laços desfeitos e a cura do meu corpo e minha alma.

Existem pessoas que precisam lutar por suas famílias, restabelecer os laços o diálogo no seu lar, restaurar os laços desfeitos, assim receberão de Deus a cura para suas almas e corpo, seus lares então serão abençoados por Deus. Como vocês conseguiram isso, confessando seus pecados a Deus e uns aos outros, perdoando o pecado uns dos outros e sendo perdoados, (Veja em LUCAS 17.4), lembrando que esse processo deverá ser diário porque certamente nos lares sempre haverão problemas de relacionamento, mas se vocês perdoarem uns aos outros vocês viverão todos os dias o poder do perdão de Deus em seus lares. Amém, Deus nós abençoe!!!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Igrejas integrais para um mundo com necessidades integrais.

Por Marcelo Oliveira

Hoje é muito comum passar em uma rua ou bairro e encontrar uma igreja evangélica seja ela de qualquer denominação. Realmente isso não é difícil! O problema é que isso não me traz tanta alegria como deveria; vejo um número crescente de evangélicos, mas de não de pessoas libertas por Cristo. São pessoas que tentam se libertar em outras pessoas e, ou em campanhas sem sentido. Hoje, ser “gospel” é moda, é maneiro. Por que não dizer que é de Deus?

Infelizmente, enquanto de um lado o evangelho vai crescendo, do outro lado também cresce a criminalidade e mazelas sociais. Não consigo entender que quando andamos pelas ruas e avenidas vemos um grande número de pessoas indo para suas congregações e seus lideres se preocupando apenas em como achar uma estratégia de ganhar almas e libertá-las para Cristo. Mas libertar de que? Será que esses líderes não conseguem realmente entender que as pessoas não são apenas almas e espíritos, mas também carne; e que como carne tem necessidades básicas? Fico mais triste ainda quando vejo que muitos pastores e líderes que se preocupam somente com alma, nem disso têm conseguido cuidar.

É fundamental que todo o povo de Deus desperte para uma nova reflexão: o que é de fato a Igreja e qual o seu real papel no mundo. Hoje, ter um curso de teologia, não é mais um luxo dos tradicionais, pois está acessível a todos. Será que não conseguimos criar uma teologia puramente voltada para as necessidades integrais das pessoas, preocupando-se com sua alma e espírito, que trata da eternidade, e do seu corpo, que trata de questões finitas e temporais, mas que nem por isso são menos importantes?

O Pr. Ed René Kivits, em um de seus livros, diz: “alma sem corpo é fantasma e corpo sem alma é defunto”. É triste dizer que quando não temos fantasmas temos defuntos em nossas igrejas! Isso, porque vemos as pessoas como seres espirituais e não consideramos suas necessidades físicas. Certa vez ouvi um Pastor Batista dizer que sua igreja tinha congregações porque ele tinha visão de reino. Espera ai! Visão de reino só porque ele abre congregações... Desculpa-me dizer, mas isso é limitar o reino. Cristo não veio para ser uma fábrica de igrejas, mas para trazer paz, tanto ao espírito quanto ao corpo.

Lógico que a abertura de igrejas é fundamental para o crescimento do reino, mas isso só não é reino. O reino consiste em justiça; justiça essa que deve alcançar a todos, principalmente os desvalidos e necessitados. Uma igreja que em nada contribui para a melhoria de sua comunidade se torna inútil para o reino e para aquela comunidade. O mundo tem necessidades integrais e a igreja deve interagir com isso também de forma integral.

É triste quando vejo os crentes se envolvendo com alguma atividade política somente quando o problema aflige a igreja. Por exemplo: se criassem uma lei que todas as igrejas deveriam pagar impostos como qualquer empresa, os evangélicos, com certeza, sairiam em marcha até Brasília e lutariam pelos seus direitos religiosos. Porém quando sua própria comunidade sai para lutar por uma rua sem saneamento ou por escola melhor não vemos a participação das igrejas e muito menos dos lideres que não querem fazer feio para os políticos que de vez em quando os chamam para um cafezinho.

O mundo tem necessidades integrais e é necessário que a igreja, que é de Cristo e não de homens, tome uma postura de acordo com a vontade de Deus. Algo que seja visto como uma resposta lá do alto para os corações cansados com os seus corpos sofridos e mãos calejadas. Uma postura que seja para ajudar a igreja e seus membros, assim como toda a comunidade.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Evangelho e cultura

Por Leandro Louzada

A missão cristã sempre se realiza em um contexto sócio-cultural específico. O primeiro grande movimento missionário da Igreja Cristã foi o iniciado por Barnabé e Paulo (Atos 13,1ss) e se pode perceber as tensões e conflitos decorrentes do anúncio do Evangelho às diversas culturas gentílicas do mundo romano da época.
No segundo século da era cristã, o confronto entre o Evangelho e a cultura greco-romana predominante ocasiona o surgimento de teólogos e líderes eclesiásticos que se esforçam por tornar a mensagem do Evangelho significativa em seus contextos, ao mesmo tempo em que lutam para não perder a fidelidade ao conteúdo da revelação divina. E assim, durante toda a história da Igreja encontramos a tensão entre: Evangelho, Igrejas e Cultura, especialmente manifesta nas formas de Cristandade assumidas pelas Igrejas Cristãs.
Diante dessa realidade histórica, uma tarefa fundamental da Teologia da Missão é posicionar-se a respeito das relações entre Evangelho e Cultura.
O Evangelho não é uma cultura, mas um conjunto de formas simbólicas originariamente construído através de um processo histórico em que Deus se revela à humanidade, no âmbito da sociedade e cultura judaicas, culminando no evento-Cristo, e que tem se difundido a inúmeras outras culturas e sociedades na história humana. Desta forma, percebemos que o Evangelho possui uma dimensão transcendental e uma contextual, que são inseparáveis.
O Evangelho é transcendência encarnada em uma cultura específica, e se difunde a todos os povos e culturas preservando esse caráter de transcendência encarnada, o Evangelho não se conforma a nenhuma cultura em particular, mas faz sua casa em todas elas.
Como conjunto de formas simbólicas, o Evangelho é encontrado primariamente nas Escrituras Cristãs do Antigo e Novo Testamentos e, secundariamente, nas ações, gestos, rituais, símbolos e teologias da Igreja Cristã no decorrer da
história. Na medida em que a Palavra de Deus se encarna na igreja, o evangelho toma forma na cultura.
Tendo em vista que a encarnação do Evangelho somente ocorre mediante o agir da Igreja, é necessário reconhecer que o ápice da expansão missionária
das diferentes Igrejas Cristãs européias – e posteriormente as norte-americanas – ocorreu durante o avanço do colonialismo ocidental norte-atlântico. As igrejas fundadas pelo movimento missionário norte-atlântico do século XIX, nasceram nessa situação de não-contextualização. O movimento missionário, na avaliação de Mendonça e Velasques, estava dividido entre uma corrente “calvinista” que investia na educação juntamente com a evangelização, e que acalentava “a idéia de que a cultura protestante, fluindo através da educação, acabaria por transformar a sociedade para melhor e inserí-la no corpus christianum”. A teologia conversionista missionária consistia num processo diferente de mudança cultural. “A conversão era individual e consistia no rompimento abrupto do indivíduo com seu meio cultural através da adoção de novos padrões de conduta opostos àqueles em que havia sido criado.” Visa, isto sim, destacar a delicada situação em que se encontram as Igrejas evangélicas brasileiras, no tocante à relação entre Evangelho e Cultura, especialmente neste importante período de crescimento da visão e prática de missões transculturais.
Dessa forma, para o movimento missionário brasileiro, a questão da relação Missão e Contexto se apresenta como um desafio teológico, missiológico e missionário de magnitude.
O evangelho deve ser anunciado em todas as culturas, mas o anuncio do evangelho não deve resultar na mudança da cultura de determinado lugar. A pregação precisa ser contextualizada, respeitando o meio pelo qual esta sendo anunciada. Por exemplo, não posso chegar em uma tribo indígena, pregar o evangelho e como resultado da minha pregação exigir que todas as mulheres daquele lugar, coloquem sutiã e blusa. O evangelho tem que gerar uma mudança de pensamento, uma renovação de valores éticos e não culturais.

Resenha do artigo "Evangelho e cultura", do doutor em teologia Júlio Zabatiero.