Por Leandro Louzada
A esperança cristã, principalmente quando mesclada com o sofrimento, causa admiração e questionamento. Em 1 Pedro 3:15, o apóstolo instrui seus leitores a responderem às pessoas que perguntarem sobre o motivo da esperança que possuem. Como conseguem, em meio às lutas e adversidades, manter a esperança?
Pedro ensina que a resposta aos inquiridores deve ser dada com mansidão ou gentileza ( o mesmo termo aparece em 1 Pedro 3:4). A fé não pode ser forçada sobre alguém, e o profeta o expressou muito bem: “Não por força nem poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos” (Zc 4:6). A ênfase deve ser colocada sobre a pessoa, e não sobre o argumento.
Não é possível eliminar o sofrimento da teologia bíblica e nem da experiência humana. Suas marcas são contínuas e estão em toda parte: nas guerras, nos hospitais, nas prisões, na vida daqueles que vivem abaixo da linha da pobreza, e muita vezes, na vida dos idosos, viúvas, órfãos, e deficientes físicos. À luz da Bíblia, o fato de uma pessoa sofrer não significa que Deus o abandonou. Jô é um exemplo nítido de alguém que teve uma vida íntegra envolvida pelas adversidades. Os que lêem a Bíblia sabem porque Jô sofreu. Porém, ele mesmo nunca soube, o que realça mais ainda seu testemunho de fé em Deus.
De igual modo, afirmar que alguém está vivendo de forma agradável a Deus por cauda dos bens acumulados não reflete uma interpretação correta da Bíblia. O jovem que recusou seguir a Cristo era muito rico. Há muitas pessoas no mundo que embora riquíssimas, são indiferentes à mensagem do evangelho. Outras que vivem na opulência são inimigas da Cruz de Cristo.
O apóstolo Paulo acrescenta: “... porque aprendi a viver contente em qualquer situação. Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome; assim de abundância, como de escassez. Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:11-13).
Que possamos ter a certeza que Deus está conosco em qualquer circunstância da vida, mesmo diante das lutas e sofrimentos, Deus não deixa de ser Deus e nem tão pouco esquece de nós.
Deus abençoe nossas vidas,
(Adaptação do livro decepcionados com a graça – Paulo Romeiro)
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