quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Avivamento de Deus - Cinco marcas da pregação Bíblica

Por Steven Lawson - Sermão pregado no congresso da editora fiel - 2010
Editado por Leandro Louzada

Texto Base: Neemias 8

Introdução:Neemias capítulo 8 é o relato de um verdadeiro reavivamento, que nasceu no céu e findou na terra. Cada grande época da reforma na historia da igreja e cada reavivamento tem sido um tempo de redescoberta da pregação bíblica. A única verdadeira reforma é aquela que emana da palavra de Deus, assim foi à reforma no século XVI, através de Lutero e Calvino, com a pregação bíblica mudaram o mundo. No século XVII os puritanos fizeram o mesmo, eles balançaram a monarquia com suas pregações. Assim foi na America com Jonathan Edwards e Wiclefy. Cada grande reforma e avivamento, sempre foi acompanhado da redescoberta da pregação bíblica.
Uma reforma do púlpito levara uma reforma de toda congregação. Quando os púlpitos se calam Deus manda o seu juízo. O profeta Amós disse que um tempo na terra haveria uma fome de ouvir a palavra de Deus.
Aqui em Neemias mostra um período da redenção, um avivamento, não planejado por homens, mas enviado pelo próprio Deus. O primeiro de todos os reavivamentos. Aqui está o modelo de uma verdadeira reforma.
465 a.C, em Jerusalém, menos de uma semana depois da reconstrução dos muros de Jerusalém, o povo estava de volta depois de 70 anos de cativeiro. O povo precisava da pregação da palavra de Deus, para mexer com seus corações. Quando olhamos para esta parte das escrituras conseguimos ver três divisões.

1)Chamado para pregação
2)O caráter da pregação
3)Conseqüências da pregação Bíblica.


1)Chamado para pregação
O texto começa com um chamado para voltar-se para palavra de Deus. O povo reuniu-se para ouvir a palavra de Deus, 42 mil pessoas reunidas com um motivo, para clamar que a palavra de Deus fosse ministrada para eles. Eles pedem para o escriba trazer o livro. Esse é o sonho de todo pregador.
Esdras é o personagem principal desta passagem, o povo sabia que Esdras era um homem Deus, ele vivia a palavra e chamava o povo para viver esta palavra. Em Esdras sete diz que Esdras havia colocado o seu coração a disposição para ler e ensinar a palavra de Deus para o povo. Ele era a pessoa certa, depois de 14 anos havia chegado a hora. Esdras havia extraído rios de água viva, dos textos da palavra de Deus. Esdras manejava bem a palavra da verdade. Spurgeon disse que Burney era uma Bíblia ambulante, “corte o corpo dele que ele vai sangrar versículos bíblicos”. Esdras era uma carta viva da palavra de Deus, ele era a encarnação da palavra da verdade, havia piedade em sua vida. Estuda viva e ensina, não podemos ensinar o que não sabemos e não podemos ensinar o que não vivemos. Esdras preparou-se antes de ensinar. Devemos ir à profundeza da palavra de Deus se queremos dizer alguma coisa para o povo de Deus. Hoje muitas pessoas impedem que o povo de Deus ouça a verdadeira palavra. As igrejas estão tornando-se lugares de entretenimento, nunca haverá outro avivamento se não houver um fogo no púlpito. Esse é o chamado para pregação bíblica, deve originar do povo e estar no coração de cada pregador, Deus chamou o pregador para ser a boca de Deus. O pastor que não prega a palavra de Deus é como um barbeiro que não corta cabelo.

2)O caráter da pregação (V.2)
Não precisamos mais de vapor. Jones escreveu, o que anuncia o principio de uma reforma é, uma pregação reformada, um reavivamento de uma verdadeira pregação. Mas qual é esta nova pregação? Na verdade é o velho tipo de pregação. Esdras estava pronto para este momento, ele havia estudado para este momento.

Cinco marcas da pregação Bíblica:

I)Era uma pregação centrada na Bíblia
Esdras leu o livro da lei, sua mensagem estava enraizada no livro da lei. A leitura que Esdras fez não era monótona, não era chata. O pregador muitas vezes se entusiasma mais com avisos do que com a palavra. A palavra clamar em hebraico tem o mesmo significado de proclamar é a mesma palavra usada em Jonas capítulo três, Jonas proclamou e clamou em voz alta. Esdras tinha paixão e zelo. Sproul disse que a pregação apaixonada sublinha a mensagem. É uma contradição ser chato na pregação da Bíblia, Esdras começou com a leitura da palavra de Deus. Todo verdadeiro progresso na história da igreja é condicionado pelo novo e profundo estudo da escritura, enquanto os humanistas voltaram para os clássicos antigos, os reformadores voltaram à Sagrada Escritura nas línguas originais, reviveram o cristianismo apostólico. Calvino não tinha nenhuma arma a não ser a Bíblia, desde o começo ele preocupava em pregar a Bíblia, a cidade começou a ser transformada a partir do conhecimento da palavra de Deus. Genebra ficou conhecida como uma nova Jerusalém na terra, a qual o evangelho espalhou por toda Europa e mundo. Precisamos mais da palavra de Deus. Todo o conselho de Deus, toda a escritura. Existem dois extremos que precisamos evitar, o primeiro é que o ensino bíblico deve ser uma palestra, uma palestra não é um sermão. O sermão tem que ser pregado agora, a palestra não. Precisamos pregar como um homem morrendo para um povo morrendo. O ensino é uma mente alcançando outra mente, toda pregação tem que ter ensino, mas a pregação vai além do ensino, pois ela vai até o coração e desafia a consciência, a pregação é um homem inteiro chamando o ouvinte inteiro. Calvino diz que explicava o texto e exegetisava. Existem muitas aplicações, mas apenas uma interpretação. O pregador é como um advogado diante do júri, depois de mostrar a evidencia chama o veredito. Esdras começa a ler e abrir o significado desta mensagem.

II)Existe uma extensa explicação
Um bom sermão, pregado com toda a sua estrutura, gasta tempo. Os sermões tornam-se maiores e mais profundos.

III)Postura de autoridade
Esdras o escriba estava em um púlpito de madeira, em pé por trás de uma Bíblia, à medida que olhava para o povo e para o próprio coração, ele abre o livro e o povo se levanta. Quando o pregador leva a Bíblia a sério o povo também leva. O povo entende que é a Palavra do Deus vivo, como o povo fez com Esdras. Kaiser disse que o pregador sempre deveria ter o seu dedo na escritura, quando a mão ficasse cansada deveria usar a outra. O pregador sempre tem que apontar para o próximo verso da Palavra de Deus. No sermão do monte o povo ficou admirado, porque Jesus falava com autoridade. Paulo encoraja Timóteo a ensinar com autoridade. O problema dos pregadores hoje é que ninguém quer matá-los.

IV)Uma confiança que exalta a Deus
Esdras bendisse ao Senhor o grande Deus. Piper disse que devemos ser pregadores exaltadores, centrados em Deus, continuamente falando da suprema glória de Deus. O povo respondeu amém. Sempre que o pregador prega, ele prega no Espírito Santo, assim acontece um avivamento no coração do povo, então o povo diz amém. Depois de exaltar o povo adora à Deus com o rosto em terra. A pregação magnifica a glória de Deus, na maneira que abaixa o homem e levanta a Deus. Quando Deus é reconhecido como Deus, a graça de Deus aparece.

V)Uma explicação precisa
Ele explicava a lei para o povo, isso era essencial. Neste capítulo enfatiza a explicação da Palavra de Deus. A pregação tem que começar com uma renovação da mente. Mente, passando afeiçoes e chegando às vontades. Se pular a mente, vai acabar como hiper emocionalismo, que não gera mudança.

3)As conseqüências da pregação Bíblica
Jesus disse abençoados os que choram porque eles serão consolados. Não pode existir o verdadeiro conforto no coração se não houver choro de arrependimento pelo pecado. O povo se prostra e alegra-se, agora que o pecado é colocado de lado, o coração enche-se de alegria. E isso aconteceu porque a Palavra de Deus foi explicada. No fim da vida de Lutero, perguntaram para ele sobre o resultado da pregação da palavra ele respondeu: “Eu simplesmente, preguei, escrevi e ensinei a palavra de Deus e enquanto eu dormia, a palavra de Deus enfraqueceu o papado, eu não fiz nada, a palavra fez tudo”.

Que Deus nos levante como Esdras!!! Amém!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário