sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pensadores Modernos VII

Clive Staples Lewis, conhecido como C. S. Lewis, (Belfast, 29 de Novembro de 1898 — Oxford, 22 de Novembro de 1963) foi um autor e escritor irlandês, que se salientou pelo seu trabalho académico sobre literatura medieval e pela apologética cristã que desenvolveu através de várias obras e palestras. É igualmente conhecido por ser o autor da famosa série de livros infantis de nome "As Crônicas de Nárnia". É bastante conhecida sua influência sobre personalidades ilustres da nossa época, dentre elas Margaret Thatcher. Seus livros foram lidos pelos seis últimos presidentes americanos e muitos de seus pensamentos citados em seus discursos.
Foram vendidas mais de 200 milhões de cópias dos 38 livros escritos por Lewis, os quais foram traduzidos para mais de 30 línguas, incluindo a série completa de Nárnia para a língua Russa. Entre 1996 e 1998, quando foi celebrado o seu centenário, foram escritos cerca de 50 novos livros acerca de sua vida e de seus trabalhos, completando mais de 150 livros desde o primeiro, escrito em 1949 por Chad Walsh: "C. S. Lewis: O Apóstolo dos Céticos". Ele é respeitado até pelos que não concordam com a sua abordagem.
É autor de inumeros livros, entre eles "Cristianismo puro e simples".
A Prudência
Por C.S.Lewis

A Prûdência é o bom senso, é se dar ao trabalho de considerar o que está fazendo e qual a consequência. Hoje em dia a maioria das pessoas dificilmente consideraria a prudência como uma das "virtudes". Pois Cristo disse que só poderíamos entrar no seu reino se nos tornássemos crianças, e muitos cristãos tem a idéia de que, desde que sejam "bons", não faz mal serem tolos. Mas isso é um engano. Em primeiro lugar, a maioria das crianças demonstra uma grande "prudência" sobre as coisas em que estão interessadas, e as consideram bem sensatamente. Em segundo lugar, como indicou o apóstolo Paulo, Cristo nunca pretendeu que devêssemos permanecer crianças na inteligência; ao contrário, Ele nos disse que fôssemos não somente "símplices como as pombas" mas também "prudentes como as serpentes". Ele nos quer com o coração de menino, mas com a cabeça de adulto. Ele nos quer simples sinceros, amorosos e docéis como as boas crianças, mas também quer que sejamos aplicados ao nosso dever com toda a nossa inteligência e na melhor disposição de combate. Não é pelo fato de estar dando dinheiro a uma obra de caridade que se deva deixar de averiguar se essa obra de caridade não é fraudulenta. Não é pelo fato de se concentrar o pensamento em Deus (por exemplo, na oração), que se deva estar satisfeito com as idéias infantis que se tinha aos cinco anos de idade. Deus na verdade não ama menos a quem possui inteligência brilhante, nem o usa menos. Ele tem lugar para quem tem pouco discernimento, mas quer que cada um use a inteligência que possui. Não devemos dizer: "seja bom e amável; quem puder, que seja inteligente", mas "seja bom e amável; mas não esqueça de que, para isso, você tem que ser o mais inteligente que puder". Deus não aprecia a indolência intelectual, como não aprecia qualquer outra indolência. Se você está querendo tornar-se um cristão verdadeiro, advirto-lhe que está embarcando em algo que vai exigir todo o seu ser, o seu cérebro e tudo o mais. Mas, felizmente, a coisa funciona de outro modo. Quem com toda a sinceridade procurar se tornar um verdadeiro cristão, em breve verá a sua inteligência aguçada: uma das razões por que não é preciso ter um grau de instrução especial para ser cristão é que o Cristianismo em si mesmo é um processo de aprendizado. Por essa razão é que um fiel inculto como John Bunyan foi capaz de escrever um livro (O Peregrino) que surpreendeu todo o mundo.
Próximo estudo: Temperança

Um comentário:

  1. Aguardo pela Temperânça! É o meu favorito...

    Te amo querido irmão!!!

    Luciana Louzada

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