terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O Deus do antigo testamento na pós-modernidade

Por Rev. Mário Jonas
Um fato indiscutível na humanidade, independente de qualquer crença há uma necessidade entre a maioria dos seres humanos em acreditar em um ser superior, este texto tratará do Deus que o povo de Israel crê. Para entender melhor voltaremos rapidamente ao principio de tudo, temos algumas teorias para tentar explicar o planeta onde vivemos, cientistas defendem teorias como o big-ben. Evolucionismo entre outras, não nos deteremos a isto. Eu que igualmente ao povo de Israel creio em Deus tentarei explicar um pouco desse Deus nos dias atuais.
Segundo a bíblia (livro base na crença em Deus e posteriormente em Cristo) Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, assunto este que deixaremos para outra oportunidade, o que quero destacar neste texto são as necessidades e curiosidades que eu como ser - humano tenho em explicar o passado, presente e o futuro.
Entendam que tudo aqui são especulações não temos como provar que Deus de fato existe, também não podemos provar que não existe, neste caso especulemos de forma limitada baseado na bíblia nossa crença.
Deus se manifestou ao mundo de três formas:
Através de sua criação Genesis capítulo primeiro e segundo , temos como ponto de partida crer na veracidade dos textos, apesar de não termos muitas informações históricas sobre tais fatos neste caso temos um Deus criador dos céus, terra, tudo que nela existe, e do homem. Deus pessoal que se relaciona com sua criação (grifo do autor) a quebra desse relacionamento não trataremos neste texto.
Em um outro momento Deus se manifesta a humanidade através de sua palavra proferida pelos profetas em sua totalidade vinte e oito, somando profetas maiores e profetas menores, homens que proferiram a palavra de Deus em um momento onde a maioria da humanidade está afastada do criador (Deus) este no antigo testamento recebia nomes diferentes como “BAAL” que é citado em determinadas ocasiões referindo-se a Deus criador, porém evitado de ser chamado assim pelos profetas, pois baal também era o nome de uma divindade pagã responsável pela boa produção dos agricultores, logo baal era o deus da fertilidade e prosperidade da terra, de alguns povos que circunvizinhavam as ainda tribos seminômades que posteriormente se tornaram a nação de Israel.
Vemos em pontos diferentes da bíblia não um Deus imutável, más um Deus que é amor e em determinado momento manda que determinados governantes marchem para guerra e destruam determinado povo, mas também que “castiga” Israel, povo escolhido de Deus, os mandando para exílios separando as tribos em diversas vezes,
Em um momento posterior foi chamado de Iahweh, seu povo que o tinha como único e verdadeiro Deus estava cada vez mais separado distante de Deus e devido à idolatria de outros Deuses. Representado por Oséias Deus pede que ele se case com uma prostituta esta metáfora serviu para mostrar o quão separado de Deus nós estávamos. Iahweh Deus pessoal, de relacionamento e agora exclusividade usava de homens para se expressar e mostrar sua vontade a humanidade, no êxodo deixou para um melhor convívio entre os homens os 10 mandamentos sacrifício de animais como e a expiação dos pecados para purificação do povo através de Moises, este que tirou o povo de Israel do Egito. Vimos desde então um Deus que castiga o inimigo do seu povo, o seu povo, e que usa de misericórdia para perdoar os pecados do povo, Deus único, pessoal que interage com os que crêem nele¬¬¬¬¬¬¬¬¬. Deus este que muda ou que é mudado por nós para suprir nossas necessidades, Deus tem nos servido para mudar nosso presente, para que confiemos nele e nele depositemos a culpa do que não sai como gostaríamos que saísse.
Deus se manifestou através de Jesus cristo como sacrifício definitivo por nossos pecados. Creio que o Deus do antigo tem estado cada vez mais presente em nossas igrejas atuais.
Alem de seguir as principais crenças e doutrinas do pentecostalismo tradicional (atualização dos dons do Espírito Santo, inspiração pelo Espírito Santo e “batismo de fogo”, conversão e libertação do “mal demoníaco”, puritanismo de conduta e distância do “mundo”), o perfil das igrejas enquadradas nesses conceitos pode ser resumido, de forma ideal-típica, como segue: exclusividade nos serviços e meios de salvação com pouca abertura interdenominacional; ênfase na realização de milagres mediatizados pelas igrejas com testemunhos públicos dos mesmos; ênfase em rituais emocionais e, sobretudo, em rituais de cura, associados a uma representação demoníaca dos males; uso intenso dos meios de comunicação de massa: impressos, radiofônicos, televisivos e informatizados; combinação de religião com marketing, dinheiro e, em alguns casos, política; sensibilidade para captar os desejos dos fiéis não somente das baixas camadas sociais; projeto de constante expansão, em alguns casos para alem das fronteiras nacionais, neste caso para Uruguai. As igrejas Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça Divina, Deus é Amor e Renascer em Cristo seriam as mais representativas deste novo pentecostalismo brasileiro que, de um lado, compõe o segmento religioso que mais tem crescido nos últimos anos e que, de outro, em razão de suas práticas, visibilidade social e impacto no conjunto do campo religioso, mais tem provocado conflitos éticos, dentro e fora do campo religioso.
Não creio que Deus tenha mudado, mas sim que nossa visão a respeito de Deus tenha mudado para nos satisfazer, de fato nos seres humanos e limitados necessitamos de algo superior para depositar nossa confiança tanto para esta vida como depois da mesma, o que se torna inadmissível é o comércio que temos feito com o nome de Deus vendendo o que nos foi posto de graça. Temos oferecido um Deus de barganhas e bênçãos materiais onde, somos abençoados pelo tanto que contribuímos amaldiçoado pelo tanto que pecamos e sem perdão muitas das vezes. O Deus do antigo testamento esta cada vez mais presente e com uma vara cada vez maior em sua mão sentado em um trono distante e pronto a castigar.

3 comentários:

  1. Sandro Luis12 janeiro, 2010

    Gostei, concordo com essa visão.É mais ou menos assim que andam nossas igrejas, na grande maioria delas tudo é só uma questão de negocios.


    Sandro Luis

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  2. http://evangelhobarato.blogspot.com/

    bom texto

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  3. http://evangelhobarato.blogspot.com/2010/01/discipulado-se-eu-nao-faco-alguem-faz.html

    ve essa materia vei

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