Por Heber de Paula
Já tive uma vida comum, pai, mãe, família. Acordava cedo e sabia que veria minha mãe no café da manha. Era a primeira pessoa que via todos os dias. Não sabia que isso fazia tanta falta, nem tanta diferença. Meus irmãos, ainda pequenos eram mais presentes. O mundo parecia tão pequeno e tão imenso pra mim, era o mundo encantado onde todas as coisas eram possíveis. Eu dormia e acordava eternamente criança, os dias pareciam iguais, exceto no meu aniversario e aos domingos. Eu não conhecia nada, não sabia muita coisa e era muito feliz porque sabia tudo. Como eu adorava meu mundo. Lá, não existe tempo, nem espaço, nem memória nem lembranças...E nada disso faz falta. Mas agora que cresci, não sei ainda como viver nesse mundão tão pequeno, vivo esbarrando nas pessoas, no tempo, nos compromissos, nas preocupações, nos preconceitos, nas desigualdades, nas indiferenças, enganos e decepções, sonhos e frustrações, esperanças e perseverança. Esse novo mundo é áspero. Não há mais paredes de algodão, nem tapetes no chão. É tudo muito frio e doloroso como o vento gelado nas manhãs de inverno, nem mesmo o sol alivia o desconforto. Por que o mundo é tão ríspido? Porque não posso ficar embaixo do cobertor e não sentir frio?Hoje tenho de conviver com duvidas e incertezas que me consomem diariamente, não aprendi a lidar com esses sentimentos ainda. Talvez seja melhor aceitá-los somente.Quero voltar ao tempo de criança, ao tempo que não passa, ao tempo em que só há sorrisos, a dor passa tão rápido quanto a noite que nem vejo passar, com um beijinho sara rapidinho.Quero de novo o tempo em que não há mentiras nem teatro, quero sair do palco um pouco e voltar à vida real. Ela é mais simples e verdadeira, ninguém usa máscaras. O choro é de verdade, o amor, nem se fala...
caramba!!! que texto manero, adorei!! vc quem escreveu? parabens!!
ResponderExcluirmuuito bom seu blog lenadro!!!Deus abençoe! abraço
E aí leandro? rsrsrrs blz? gostou do nome do blog? leu o texto "casas e jardins" ? escreví ontem de manhã, daí saiu o nome do blog, so entende se ler o texto. abraçao
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