Por Leandro Louzada
Hermenêutica é a ciência e arte da interpretação bíblica. Hermenêutica geral é o estudo das regras a interpretação do texto bíblico inteiro. Hermenêutica especial é o estudo das normas que regulam a interpretação de formas literárias específicas, como parábolas, tipos e profecia.
A hermenêutica desempenha um papel essencial no processo do estudo teológico. O estudo da canonicidade visa a determinar quais livros trazem o selo da inspiração divina e quais não o trazem. A crítica textual procura averiguar o fraseado primitivo de um texto. A crítica histórica estuda as circunstancias contemporâneas de determinado livro.
A exegese é uma aplicação dos princípios da hermenêutica à compreensão do significado que o autor pretendia dar. A teologia bíblica organiza os significados de uma forma histórica enquanto a teologia sistemática dispõe esses significados de forma lógica.
A hermenêutica é, fundamentalmente, uma codificação dos processos que em geral usamos um nível inconsciente para entender o significado que outra pessoa tencionava transmitir. Somente quando algo bloqueia nosso entendimento espontâneo da mensagem de outrem é que reconhecemos a necessidade de algum método de compreender o que tal pessoa pretendia dizer. Os bloqueios ao entendimento espontâneo da comunicação de outra pessoa surgem quando há diferenças de historia, cultura, língua, ou filosofia entre nós e aquele que fala.
Diversos problemas influenciam a maneira como o individuo “ Fará “ hermenêutica. Devemos decidir se a Escritura representa a teorização religiosa dos antigos hebreus, escritos humanos divinamente guiados mas não infalíveis, ou escritos divinamente guiados e infalíveis, obra de homens mas de iniciativa e supervisão divinas.
É preciso decidir também se um texto possui um único significado válido, ou se qualquer aplicação individual de um texto representa um significado válido. Outros problemas que influenciam nossa maneira de fazer hermenêutica incluem (1) se cremos ou não que o significado pretendido por Deus inclui um senso mais pleno do que o do autor humano, como determinar quando uma passagem deve ser interpretada literalmente, quando sentido figurativo, e quando em sentido simbólico, e como nosso comprometimento espiritual afeta nossa capacidade de entender a verdade espiritual.
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