Por John Stott
Não um falso profeta ou falso apóstolo
O pregador não é (nem deve ser) um falso profeta ou um falso apóstolo. Ambos aparecem na Bíblia, e a diferença entre o verdadeiro e o espúrio é claramente definida em Jeremias 23. O verdadeiro profeta é alguém que "esteve no conselho do Senhor, e viu e ouviu a sua palavra"(v.18,22). Já os falsos profetas "falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor"(v.16). Eles "proclamam só o engano do seu próprio coração"(v.26). Proclamam mentiras em nome de Deus (v.25). O contraste aparece vivamente no v.28: "o profeta que tem sonho conte-o como apenas sonho; mas aquele em quem está a minha palavra, fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o Senhor". A opção é entre ouvir "cada um a sua própria palavra" ou "ouvir as palavras do Deus vivo" (v.36).
Embora não exista mais hoje, estritamente falando, profetas ou apóstolos, temo que haja falsos profetas e falsos apóstolos. Gente que fala as suas próprias palavras e não a Palavra de Deus. Sua mensagem vem de suas próprias mentes. Gente que gosta de ventilar suas opiniões sobre religião, ética, teologia e política. Eles podem até seguir a tradição de introduzir seus sermõescom um texto bíblico, mas o texto em pouca ou nenhuma relação com a mensagem que se segue, e não há nenhuma tentativa de interpretar o texto dentro de seu contexto próprio. Além disto, com muita frequência estes pregadores, como os falsos profetas do Antigo Testamento, usam palavras macias, "dizendo: Paz, paz; quando não há paz" (Jr 6:14,8:11). E nem tocam nos pontos menos "agradáveis" do evangelho para não ofender o gosto dos ouvintes (Jr 5.30-31).
Próximo estudo: "Um despenseiro"
Nenhum comentário:
Postar um comentário