domingo, 3 de fevereiro de 2008

Uma prova da existência de Deus

Por Sandra Maria

Meu nome é Sandra Maria da Silva, sou casada há 2 anos e tenho dois filhos, Luciana (22) e Leandro (19).
Nasci em um lar católico, tenho 12 irmãos, um já falecido. Meus pais sempre passaram dificuldades, porém isso nunca me atrapalhou, muito pelo contrário essa fase me ajudou a dar valor as coisas que possuo hoje. Aos 14 anos conheci um rapaz e começamos a namorar. Entretanto, minha família não aprovava o namoro por causa de um único defeito, que depois se tornou a grande ameaça para nosso casamento, a bebida. Engravidei aos 17 anos, e meus pais não gostariam que eu me casasse, mas mesmo assim não obedeci e fui morar com ele, mesmo sabendo de todos os riscos que estava correndo. Com o passar do tempo, o que era um defeito passou a ser um hábito, quase que diário, as doses iam aumentando continuamente e, na mesma medida, as brigas e discussões. Tive um outro filho, três anos mais tarde, e as crianças iam crescendo em um lar completamente desestruturado e sem nenhuma direção de Deus. Buscava ajuda-lo a abandonar o vicio, mas sempre as tentativas eram em vão. Procuramos ajuda em um grupo anônimo de apoio a familiares de Alcoólatras, e começamos a nos envolver na filosofia dessa entidade, aceitando o alcoolismo como a doença da família.. Estávamos completamente cegos. Com o tempo, fomos aceitando a doença, e ele começou a freqüentar o grupo paralelo que se direcionava aos alcoólatras, mas tudo não passava de uma falsa libertação.
Depois de buscar respostas em vários lugares durante 16 anos, fui convidada pela irmã Elza, que passou por uma situação semelhante a minha, a ir participar de um culto na Igreja Batista Getsemâni. Comecei a buscar no Senhor, a clamar a Cristo, com o alvo sempre na libertação do meu marido, estava certa de que Deus, em algum momento iria me responder. Com isso, as traves foram sendo retiradas dos meus olhos, e passei a enxergar e compreender toda a situação que havia vivido até aquele momento. Em 2 meses freqüentando a igreja, gostaria de me batizar, porém no último dia do discipulado, o professor me deu a notícia de que eu não poderia me batizar por que ainda não era casada. O professor, no entanto profetizou que eu ainda iria me casar, no sítio da igreja. Não acreditei por que meu marido não aceitava que eu e minha filha fossemos a igreja, tão pouco imaginaria que ele um dia iria aceitar se casar lá. Mas Deus é Fiel e no dia 22/12/2002 me casei no sitio da Igreja Batista Getsemâni em um casamento comunitário. E, no dia 29/12/2002, me batizei.
O ano de 2003 foi o ano da resposta de Deus, o ano do milagre. Mesmo após o casamento, a postura do meu marido continuava a mesma de todos os 20 anos de relacionamento. A bebida e as discussões continuavam a fazer parte do dia-a-dia da nossa família. Entretanto, não desistia e persevera em Deus pela libertação dele. No mês de outubro, durante duas semanas Deus me revelou em sonhos que eu iria passar por uma cirurgia, mas eu não entendia nada porque estava bem de saúde e não necessitava de nenhuma cirurgia. Apesar da dúvida, em momento algum temia, porque Deus me dizia a todo instante que os anjos dEle eram a meu favor.
No dia 18 de novembro de 2003, após uma longa discussão com meu marido, cai das escadas e fraturei a mandíbula, desmaiei e acordei quando entrei na sala de atendimento de urgência do hospital Odilon Berhens. No momento em que abri meus olhos, e vi toda aquela cena, consegui compreender aqueles sonhos. Louvei a Deus porque sabia que aquilo era o começo da realização do milagre.
Voltei para casa e, mesmo assim, com a boca cheia de ferros e numa situação deprimente, meu marido não tinha nenhum arrependimento por tudo o que havia acontecido, não só o fato da queda em si, mas todo o transtorno familiar ocasionado pelo acidente. Mas sabia que minha luta não era contra carne ou sangue, não era com ele, mas com os espíritos malignos que agiam na vida dele desde.
No sábado, 4 dias depois da queda, minhas irmãs vieram me visitar, meu marido ficou transtornado e pediu para que elas me tirassem de casa e que me levassem embora pra sempre. Sai de casa, deixando meus dois filhos e minhas últimas palavras foram que só voltaria quando ele estivesse verdadeiramente liberto.
Passei 30 dias na casa da minha irmã, durante esse tempo, fizemos uma corrente de oração todos os dias, orando em favor da libertação dele. O Pastor Eli, da Igreja Batista Missionária, da qual minha irmã freqüentava, sempre me incentivou que eu permanecesse lá na casa da minha irmã e aceitasse o tempo do tratamento da vida do meu marido com Deus.
Quando meu marido percebeu que minha decisão, dessa vez, era verdadeira, ele começou a buscar respostas para tudo aquilo. Começou a ler a Bíblia, e querer buscar a Deus, para que eu voltasse para casa. Mas, mesmo assim ele continuava a beber...
Até que um dia, ele saiu de carro e, a cada esquina, posto de gasolina, ele parava e bebia, bebia muito, mas não conseguia ficar embriagado, o álcool não faziam efeito. Voltando para casa, na MG-10, um caminhão o cortou e o carro rodou na pista. Meu marido conta que viu a vida dele passando em sua frente como se fosse um filme e naquele momento, não via mais saída e gritou por Jesus. Conseguiu continuar o trajeto de volta para casa e, 1 Km à frente, houve um outro acidente, no qual um homem foi lançado para debaixo do caminhão. Meu marido, então, encostou o carro e falou com Deus: “Senhor da mesma forma que o senhor salvou a minha vida há poucos minutos atrás, salve aquele homem que está debaixo do caminhão também.”
Como o resgate não chegava até o local, o cunhado dele estava ali desesperado gritando para que alguém o ajudasse para que ele não morresse. Meu marido foi até aquele homem, entrou debaixo do caminhão e segurou firme nas mãos dele e começou a encoraja-lo a não desistir porque ele não iria morrer. Nesse momento, meu marido viu um homem de branco passando por trás do caminhão, esse homem foi até ele e tocou na testa do meu marido com uma espécie de óleo muito quente e disse:"Eu não esqueci de você", depois sumiu. O resgate chegou e José foi levado embora, tivemos notícias de que realmente ele não morreu.
A partir desse dia, meu marido ficou completamente liberto do vício, uma libertação verdadeira, não havia crises de abstinência e nenhuma vontade de beber.
Fomos participar do ‘Encontro de avivamento’, e no dia 22/12/2003, quando fizemos 1 ano de casados voltei para casa, com minha família completamente transformada.
Meu filho e meu marido se batizaram no mesmo dia, 29/01/2004 e cada pessoa que encontrava com meu marido percebia a transformação na vida dele e na nossa casa. Acabaram as bebedeiras e as discussões.
Meu filho iniciou o seminário, tem um chamado missionário, minha filha é estudante de jornalismo e participa do Ministério de levitas Mirins, e meu marido cresce, a cada dia, no entendimento e na Palavra do Senhor.
Deus restituiu minha família e me deu mais um filho, estou grávida de 2 meses.
Crendo na promessa de Atos 16:31 : “Crer no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa” é que finalizo meu testemunho e encorajo os irmãos, Deus é Fiel!!!
Dois anos e três meses depois do fato relatado acima... Meu irmão tem 1 ano e 8 meses, ele é um menino muito diferente de todos, pois sua capacidade é muito além da sua idade, ele fala coisas que nem uma criança de sua idade fala, pelo menos nunca escutei de nenhuma criança. Minha irmã formou na PUC, em jornalismo e hoje já exerce seu oficio, minha mãe continua sendo uma mãe e esposa maravilhosa, como ela sempre foi, e meu pai é a maior prova da existência de Deus para minha vida, pois olhando quem ele é, para quem ele foi, temos que reconhecer que houve a mão de um Deus na vida dele e esse Deus é Jesus Cristo. E eu hoje estou em Vila Velha-ES, fazendo o que mais amo, pregando o evangelho.

Um comentário:

  1. Palavras suscintas e edificantes, que concerteza trouxeram à luz muitas coisas que antes talvez não fossem conhecidas não conhecidas tenho muito orgulho de você, que Deus continue usando sua vida para levar sua palavra de forma clara e veraz!!!

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